Once Upon a Katamari me fez rolar de alegria - Confira nosso review

Jogar Once Upon a Katamari no Nintendo Switch 2 foi como reencontrar um velho amigo maluco dos tempos de PS2. A essência está toda ali: controles esquisitos, realeza cósmica surtada, uma trilha sonora deliciosamente caótica e objetos do tamanho de uma formiga até o Monte Fuji grudando em uma bolinha mágica.

O visual manteve aquele charme de polígonos blocudos, agora com uma pitada moderna. É estranho, hilário e viciante. Como todo bom Katamari, me prendeu logo nos primeiros minutos — principalmente ao perceber que ele não era só mais uma coletânea HD, mas sim um jogo inédito, de verdade.

Katamari com cara de sequência legítima

Dá pra dizer com tranquilidade: essa é a verdadeira sequência de We Love Katamari. O humor nonsense continua intacto, e agora a desculpa para sair rolando coisas envolve… viagem no tempo!

A jornada começa no Japão feudal e vai até o Velho Oeste e a era dos dinossauros. A variedade temática dos mundos encaixa perfeitamente com a estrutura das fases, que misturam objetivos simples — como alcançar um tamanho específico — com desafios mais criativos, como catar apenas bebidas num deserto escaldante.

Os controles são um capítulo à parte. O tradicional twin-stick segue presente, com aquele movimento peculiar que mistura destreza e caos, mas o modo com um único analógico é uma bênção.

Testei com meu filho (8 anos) e ficou evidente: o twin-stick confunde, o controle simples convida. Joguei a maior parte do tempo com os dois analógicos, como um bom veterano da série, mas foi ótimo ver essa acessibilidade expandida.

Retrô com ajustes modernos (e algumas travadas)

O jogo acerta demais no clima: as músicas, os visuais e a escrita espirituosa formam uma ode ao que Katamari sempre representou — um delírio adorável embalado por criatividade sem freios.

Cada fase principal ainda vem com desafios extras, geralmente contra o tempo, o que garante uma boa dose de replay. Só que nem tudo cola tão bem quanto os objetos no Katamari.

Algumas fases escorregam na clareza das regras e transformam a brincadeira em punição. Não chega a ser tão desesperador quanto acender a fogueira em We Love Katamari, mas ainda quebra o ritmo.

A parte técnica no Switch 2 é funcional, mas não perfeita. Em alguns momentos, especialmente ao desbloquear novas áreas dentro da fase, o jogo corta para uma tela de loading que quebra a imersão.

Não chega a travar, mas tira um pouco do impacto visual. Fora isso, o desempenho é sólido, sem quedas de fps notáveis, mesmo quando o Katamari vira um monstro de proporções absurdas.

Katamari voltou — e merece ficar

Depois de anos vivendo apenas de remasters, 2025 trouxe não um, mas dois Katamari inéditos. E é Once Upon a Katamari, exclusivo do Switch, que realmente capturou o espírito original.

É criativo, ridículo e divertido — como deve ser. As melhorias modernas não ferem a identidade, e o charme visual permanece intacto. Se você tem saudade de quando jogos podiam ser puro caos colorido e ainda assim inteligentes, esse é um daqueles que merece rolar direto pra sua coleção.

NOTA: 8/10

E você, vai deixar esse Katamari passar ou já está pronto pra grudar o mundo inteiro de novo?

Rômulo Justen
Rômulo Justen

Editor de Games

Jornalista que compila código e combos: troca bugs por chefões desde o Atari 2600. Agora farma XP em action‑RPGs com o filho Noah, sem perder o buff do café.

Jornalista que compila código e combos: troca bugs por chefões desde o Atari 2600. Agora farma XP em action‑RPGs com o filho Noah, sem perder o buff do café.