Review | Plants vs Zombies: Replanted acerta ao não reinventar a roda

Plants vs Zombies: Replanted traz de volta uma das melhores experiências de tower defense que já joguei, e faz isso com respeito ao clássico. Plants vs Zombies está de volta — não como reboot, mas como remaster que valoriza o que o original fez de melhor. Joguei no Switch 2 e PC, mas foi na plataforma da Nintendo onde a experiência se mostrou mais coesa e flexível.

Plants vs Zombies: Replanted mantém o charme e a simplicidade do original

Tudo que me encantou na primeira vez que joguei PvZ há mais de 15 anos está de volta. O humor, a progressão intuitiva e o design de lanes seguem funcionando com maestria. A simplicidade do jogo original — uma tela fixa com cinco faixas horizontais — ressurge como diferencial em tempos de excessos de features e interfaces poluídas.

Adições pontuais e boas escolhas de design

A principal novidade em termos de jogabilidade é a possibilidade de acelerar ou desacelerar a partida em até 2.5x. Essa opção parece pequena, mas se torna essencial conforme o ritmo do jogo varia — é um QoL (quality of life) que realmente faz diferença. Também temos os modos co-op e PvP, incluindo recursos que sequer chegaram ao Ocidente nas versões anteriores.

Gameplay

O controle é responsivo em todas as plataformas testadas. No Switch 2, arrastar as plantas com o dedo funciona bem. No PC, alternar entre mouse e controle é simples, e os atalhos no controle ajudam na coleta automática de sóis e moedas.

Gráficos & Desempenho

Os visuais foram retrabalhados com resolução mais alta, o que funciona tanto em telas pequenas quanto em TVs grandes. Porém, alguns elementos da UI ficaram pequenos demais no modo portátil, como o botão de ajuste de velocidade. A arte mantém a identidade visual, mas certas mudanças, como o novo design do girassol duplo, destoam sem motivo aparente. A trilha sonora continua boa, mas perdeu a dinâmica reativa do original, que trocava faixas conforme a tensão da partida.

Conteúdo & Modos

Replanted vai além da campanha original. Modos como “Cloudy Day” e “R.I.P.” adicionam desafios interessantes, como variações climáticas que afetam a produção de sol ou a limitação de slots. Ainda que algumas fases bônus não sinalizem progresso concluído, o pacote geral é robusto. Também é possível acessar artes comparativas entre versões e observar a evolução de personagens, um mimo para fãs veteranos.

VEREDITO

Plants vs Zombies: Replanted é uma homenagem bem executada ao clássico. Apesar de alguns ajustes modernos não serem perfeitos, o que importa é a sensação de estar de volta ao campo de batalha contra os mortos-vivos com girassóis, ervilhas e nozes.

A PopCap, mesmo em versão reduzida sob a EA, acerta ao não tentar reinventar um título que ainda funciona. Um tributo digno, ainda que com espaço para pequenos ajustes. Você jogou PvZ no passado? Esse é o seu reencontro.

NOTA: 8/10

Rômulo Justen
Rômulo Justen

Editor de Games

Jornalista que compila código e combos: troca bugs por chefões desde o Atari 2600. Agora farma XP em action‑RPGs com o filho Noah, sem perder o buff do café.

Jornalista que compila código e combos: troca bugs por chefões desde o Atari 2600. Agora farma XP em action‑RPGs com o filho Noah, sem perder o buff do café.