
Comecei minha jornada em Sonic Racing Crossworlds com aquele frio na barriga de quem sempre amou jogos de corrida arcade. Desde o primeiro drift percebi que estava diante de algo diferente.
A sensação imediata foi de velocidade pura, mas também de caos delicioso. Cada curva, cada portal e cada colisão transformavam minha corrida em uma sequência de surpresas. Essa é a essência do que vivi.
Gameplay
Minha primeira corrida já mostrou que não se trata apenas de mais um clone de Mario Kart. As pistas se distorciam diante dos meus olhos. Um portal se abriu bem no meio da reta e, de repente, eu estava em outro cenário.
É impossível decorar completamente os trajetos porque eles mudam em tempo real. Esse detalhe tornou minha experiência mais imprevisível e viciante. Sempre sentia que algo inesperado poderia acontecer logo adiante.

Enquanto corria, percebi que a derrapagem era a alma do jogo. Drifts longos liberavam turbos sucessivos e me davam aquela adrenalina que só um bom arcade proporciona. Houve momentos em que errei o tempo e perdi velocidade, mas quando acertava a sequência, era como se o controle virasse uma extensão do corpo. Poucos segundos me bastaram para querer repetir cada curva, buscando a derrapagem perfeita.
Drifts, trilha e o prazer de correr
A trilha sonora me acompanhou como um copiloto invisível. Cada remix evocava lembranças da infância com Sonic clássico, mas também trazia batidas modernas. Lembro de acelerar ao som de um tema de Sonic Frontiers e sorrir sozinho diante da TV. A música nunca me atrapalhou; às vezes liderava a corrida, às vezes se fundia ao fundo. Esse equilíbrio fez diferença.

O elenco também marcou presença. Vi Sonic e Tails lado a lado, mas o que realmente me surpreendeu foram os convidados. Correr contra Hatsune Miku foi surreal. É estranho, mas ver personagens de universos tão diferentes dividindo a pista me divertiu. Quando soube que nomes de Persona e Yakuza estão a caminho, senti que o jogo abraça o absurdo de forma deliciosa. Essa irreverência reforçou meu prazer em jogar.
Corridas que contam histórias pessoais
Ao mergulhar nos torneios do Grand Prix, percebi como cada copa criava sua própria narrativa. Havia sempre um rival destacado. Ele me perseguiu corrida após corrida, colando no meu para-choque. Muitas vezes me senti desafiado de forma injusta, mas também senti uma chama competitiva acender. Lembro de uma disputa intensa contra o rival na última volta, quando ultrapassei por centímetros. A vibração do controle acompanhou meu coração disparado.

Esse sistema de rival me manteve focado. Mesmo quando perdi corridas, sabia que o próximo confronto seria ainda mais saboroso. Cada vitória contra o rival parecia um capítulo encerrado. Isso deu peso ao modo solo, mesmo sem uma narrativa elaborada.
Experimentando carros e builds
Minha curiosidade me levou a experimentar diferentes combinações de carros e personagens. Descobri que cada mudança alterava minha forma de correr. Às vezes escolhia Knuckles para mais potência, outras preferia Sonic para aceleração. Quando misturei peças diferentes, a sensação foi de construir meu próprio estilo.

Também testei dispositivos variados. Um deles me permitiu não perder anéis quando bati, outro aumentou meu limite para 200 anéis. Percebi como cada escolha impactava meu desempenho. Em algumas corridas, vencer só foi possível graças a um dispositivo que me deu turbo logo na largada. Essa liberdade de montar builds tornou cada sessão mais pessoal. Eu não estava apenas correndo; estava moldando a corrida ao meu gosto.
Multiplayer e caos compartilhado
Compartilhei a diversão com amigos em tela dividida. Nada se compara às risadas de ver um colega cair em um portal e reaparecer totalmente perdido. No online, o crossplay garantiu partidas rápidas.

Entrei em lobbies em segundos e quase nunca enfrentei problemas de conexão. A sensação de jogar contra desconhecidos de diferentes plataformas deu vida longa às minhas sessões. Ainda não há modos ranqueados, mas mesmo assim me vi preso à tela por horas.
Itens, anéis e ritmo da corrida
Os itens, embora menos numerosos do que em outros jogos do gênero, ainda geraram tensão. Em algumas pistas, senti falta de mais caixas. Isso reduziu a importância da sorte. Por outro lado, o sistema de anéis ganhou protagonismo. Quando atingi 100, percebi minha velocidade aumentar.
Com 200, graças a um dispositivo, a sensação de controle total me dominou. Ao perder todos em uma colisão, senti dor real. Os anéis viraram combustível emocional, não apenas números na tela.

Essa mecânica me fez traçar novas estratégias. Em vez de seguir a linha mais óbvia da pista, escolhia trajetos mais arriscados para coletar anéis difíceis. A cada corrida, ajustava minha rota como se estivesse descobrindo um segredo novo.
Desafios, dificuldades e ajustes necessários
A inteligência artificial mostrou-se agressiva demais no papel de rival. Em alguns momentos parecia imbatível, recuperando posições de forma sobrenatural. Isso me frustrou, mas também me fez insistir. Bati cabeça até encontrar o ponto certo. Mesmo assim, reconheço que ajustes fariam bem. Reduzir um pouco a vantagem do rival daria mais naturalidade à competição.

Não encontrei bugs graves. A performance manteve-se estável e fluida, especialmente nos consoles. Os reflexos e as cores vibrantes criaram um espetáculo constante. Havia tanto movimento na tela e, ainda assim, não percebi quedas significativas de desempenho. Isso fortaleceu minha imersão.
VEREDITO
Depois de horas e mais horas, minha conclusão é clara: Sonic Racing Crossworlds se tornou meu jogo de corrida favorito do momento. Ele não reinventa a roda, mas tempera o gênero com ideias próprias. O drift, os portais que surgem e a liberdade de montar builds criam uma experiência única. É mais do que correr; é viver corridas cheias de energia e nostalgia.
As melhorias que desejo são pontuais: mais caixas de itens, colisões com maior impacto e rivais menos colados. Nada disso quebra a diversão. Pelo contrário, são oportunidades de elevar ainda mais o pacote. No estado atual, já é irresistível.
Cada corrida me deu histórias para contar. Cada curva virou um desafio pessoal. E cada vitória contra o rival, uma lembrança que guardo com sorriso no rosto. Se você gosta de sentir a velocidade pulsando nas mãos, Sonic Racing Crossworlds é incrível e vale muito a pena.