
Achei que iria jogar um clone de Metal Slug, mas bastou rodar Strike Force Heroes no meu PC para tudo fazer sentido: mapas rápidos, combate arcade e nostalgia em forma de pixels. É como se alguém tivesse transformado aquele desenho de ação dos anos 90 que você amava em um run ‘n’ gun com classes, perks e multiplayer frenético.
Flashback com metralhadora
Strike Force Heroes não tenta reinventar nada, e é justamente aí que mora o charme. Você escolhe entre classes clássicas — Tank, Medic, Assassin, Commando — e parte pro tiroteio em mapas compactos, cheios de obstáculos e inimigos pipocando de todos os lados. No meio da pancadaria, rola XP, perks, armas novas e aquela sensação gostosa de desbloquear algo só por continuar jogando. É simples, direto e bem afinado.

A movimentação lembra um pouco Metal Slug misturado com PvP moderno. O ritmo é rápido, os modos giram entre deathmatch, capturar bandeira e batalhas contra chefes com minions, e as habilidades das classes realmente mudam o jeito de jogar.
Meu favorito virou o Tank, mas só depois de substituir a pistola mixuruca por uma katana — aí sim, o bicho virou paredão de aço com corte cirúrgico. Trocar de classe no meio da progressão também ajuda a quebrar a monotonia e experimentar novas combinações.
Campanha cartunesca, multiplayer frenético
Mesmo com foco em multiplayer local e online, o jogo tem uma campanha divertida. As cutscenes lembram episódios perdidos de Comandos em Ação, e o roteiro exagerado colabora pra vibe caricata e carismática.

A campanha é recheada de missões principais, desafios extras com ranqueamento por estrelas e objetivos como sobreviver, eliminar inimigos ou impedir avanços. A variedade segura a repetição, mesmo que a estrutura básica não mude tanto ao longo das horas.
Ainda assim, nem tudo explode com perfeição. Há momentos frustrantes, como tiros fora da tela, bots burros e problemas de plataforma. Perdi algumas rodadas porque meu personagem não pulava corretamente para uma plataforma — e isso, no meio de uma chuva de balas, é pedir pra virar peneira.

Também senti que os mapas poderiam ter mais variações além de simples trocas de tema. Mas o sistema de customização de armas, perks e visuais dá uma sobrevida enorme, e sempre há motivo pra mais uma partida.
Melhor em movimento, com amigos
Strike Force Heroes tem alma de arcade moderno, com cara de desenho antigo e corpo de roguelike light. É direto ao ponto, mas cheio de pequenas mecânicas pra quem gosta de mexer em loadouts, subir rank e brincar com builds diferentes. No multiplayer, ele brilha ainda mais — com amigos, o caos vira piada interna e competição leve. No solo, funciona, mas é a interação que traz o tempero.
Se você cresceu jogando Contra, Metal Slug vai se sentir em casa aqui.