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2015 será um ano difícil para os custos com educação

É preciso cortar os gastos onde for possível para priorizar uma necessidade básica de toda família: os estudos

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2015 será um ano difícil para os custos com educação
Em 2015, as famílias terão que equilibrar as contas para bancar a educação dos filhos – Foto: Divulgação

Inflação alta, crescimento econômico abaixo do esperado e baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são algumas das heranças que 2014 vai deixar para o próximo ano. A estimativa do PIB – a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro que serve para medir o crescimento da economia – de 2015 caiu de 0,27% para 0,24%, a menor desde 2009. Além disso, a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que já avançou em novembro para 11,25%, deve subir ainda mais, segundo a expectativa dos analistas dos bancos, e chegar a 12% ao ano.

Tanta notícia ruim atinge todos os ramos da economia nacional, inclusive o da educação. Quem explica esse efeito dominó é o economista e professor da Universidade de Vila Velha Antonio Marcus Machado. “A tendência é as mensalidades subirem porque os custos vão subir. A gasolina vai ficar mais cara, então a pessoa que faz o transporte escolar vai cobrar mais caro. A energia elétrica também vai aumentar, então as escolas vão ter aumento de custo e isso deve ser repassado para os alunos”.

O segredo é economizar. Como? Cortando o que for possível, tirar a TV paga, reduzir a conta de telefone celular, trocando as lâmpadas da casa por outras que consomem menos energia. Segundo Antonio Marcus, esses pontos trazem uma economia e tanto no fim do ano.

Outro grande vilão esperado para 2015 pode ser vencido com a união entre as pessoas. Em tempos de gasolina ultrapassando a casa dos quatro reais por litro, é hora de investir na carona solidária, ou seja, levar em um único veículo alunos que vão para a mesma escola e deixar os outros carros na garagem. “Infelizmente não temos transporte público de qualidade, então as famílias precisam começar a ser mais cuidadosas, porque elas vão economizar bastante com a gasolina com o transporte solidário. Os condomínios, por exemplo, poderão ter vans para levar essas pessoas para o mesmo destino. A tendência é o carro ser menos usado”.

Educação em primeiro lugar

Há pontos que você pode – e deve – economizar. Outros, porém, não deixam escolha: precisam ser priorizados, e a educação é uma delas, afinal, é a única maneira de aumentar a renda e ter uma qualidade de vida. “A família não pode cortar esse custo porque a única forma de aumentar a renda é estudando mais. No Brasil, quem tem mais tempo de estudo tem salário melhor. Esse é o principal custo da família”.

E nem pense em tirar o filho da escola de línguas estrangeiras! Hoje, inglês e espanhol são ferramentas indispensáveis para o sucesso profissional. “Se cortar, é pior ainda! A única saída continua sendo a educação e a gente aqui no Brasil geralmente tem que pagar escolas particulares, por isso pesa no bolso”.