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300 kg de carne podre: Anvisa faz interdição contra açougue popular

Operação apreende mais de 300 kg de carne imprópria para consumo e expõe condições precárias de higiene em açougue na cidade de Guaraí

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Vigilância Sanitária Municipal de Guaraí, cidade localizada na região centro-norte do Tocantins, realizaram uma operação que resultou na interdição de um açougue popular. 

A ação, motivada por denúncias, revelou uma série de irregularidades nas condições de armazenamento e higiene dos produtos oferecidos ao público, incluindo a presença de mais de 300 kg de carne em estado de decomposição. 

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A medida é uma resposta da Anvisa ao compromisso de zelar pela saúde pública e segurança dos alimentos consumidos pela população.

APREENSÃO DE CARNE E ALIMENTOS EM CONDIÇÕES PRECÁRIAS

Após investigações preliminares, a Vigilância Sanitária Municipal e a Anvisa chegaram ao local denunciado e constataram graves falhas nos padrões de higiene e armazenamento. 

Durante a inspeção, foram encontrados alimentos armazenados de maneira inadequada, carne moída estocada em sacolas e geladeiras sujas com resíduos acumulados, representando sérios riscos para a saúde dos consumidores. 

Além disso, o chão do estabelecimento estava sujo e com marcas de sangue, provenientes de carnes penduradas e manipuladas sem o devido cuidado sanitário.

Foto: Reprodução

DESCARTE DE CARNES

A fiscalização identificou, ao todo, cerca de 312 kg de produtos impróprios para consumo, incluindo 307 kg de carne bovina e 5 kg de mandioca. 

Todos esses alimentos foram descartados, pois estavam fora das condições exigidas pela legislação para venda e consumo. 

A situação foi agravada pela descoberta de linguiças sem registro e cortes de carne bovina que continham partes da medula óssea, uma prática considerada irregular pela Vigilância Sanitária. Esses produtos foram encaminhados ao lixão municipal, devido ao alto risco de contaminação e danos à saúde pública.

RISCOS PARA A SAÚDE

A falta de higiene e as condições precárias de armazenamento evidenciadas no açougue de Guaraí representam um risco significativo para a saúde dos consumidores. A exposição a carnes contaminadas pode levar a intoxicações alimentares graves, infecções e doenças mais sérias.

A Vigilância Sanitária reiterou a importância de respeitar as normas estabelecidas, como o correto armazenamento dos alimentos e a garantia de um ambiente limpo e organizado.

O órgão alerta que carnes e outros produtos de origem animal, quando manipulados sem os cuidados apropriados, podem se tornar potenciais focos de proliferação de bactérias prejudiciais, como a Salmonella e a Escherichia coli. Esses micro-organismos podem ser responsáveis por quadros severos de gastroenterite e outras complicações de saúde.

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Foto: Divulgação/ Internet

INTERDIÇÃO E PENALIDADES

Após a constatação das irregularidades, o açougue foi imediatamente interditado, e os responsáveis pelo estabelecimento foram autuados. A Vigilância Sanitária orientou os proprietários a corrigirem as infrações e ajustarem as práticas sanitárias, conforme a legislação vigente, caso desejem reabrir o estabelecimento. Além disso, eles foram instruídos a realizar uma limpeza completa do local e a garantir que as condições de higiene e segurança alimentar sejam rigorosamente cumpridas.

A Anvisa destacou que, para o funcionamento adequado de açougues e estabelecimentos de manipulação de alimentos, é necessário seguir uma série de normas regulamentadoras que garantem a segurança dos produtos. 

A inobservância dessas normas pode acarretar multas, suspensão das atividades e, em casos mais graves, o fechamento definitivo do estabelecimento.

ATENÇÃO DO CONSUMIDOR

Para evitar problemas de saúde decorrentes da ingestão de alimentos em más condições, a Anvisa recomenda que os consumidores estejam sempre atentos à procedência e ao estado dos produtos que compram. A agência sugere, ainda, que alimentos de origem animal sejam adquiridos em estabelecimentos que apresentem um histórico de boas práticas de higiene e organização, onde os padrões de conservação sejam visivelmente seguidos.

A inspeção sanitária enfatiza que comprar carnes e outros produtos perecíveis de fornecedores confiáveis reduz significativamente o risco de contaminação e problemas de saúde. 

Em caso de desconfiança sobre a qualidade dos produtos, os consumidores devem procurar o órgão competente para realizar denúncias e assegurar que sejam tomadas as medidas cabíveis.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O PAPEL DA ANVISA

A Anvisa, como órgão regulador, atua para garantir a segurança dos produtos alimentícios, farmacêuticos e de higiene e saneamento disponíveis no mercado. Em situações onde produtos são encontrados fora dos padrões estabelecidos, o órgão intervém, como foi o caso do açougue em Guaraí, para proteger os consumidores.

Empresas que trabalham com alimentos devem cumprir rigorosamente os critérios definidos pela Anvisa, submetendo-se a fiscalizações periódicas e mantendo práticas de armazenamento, manipulação e venda conforme os regulamentos estabelecidos. 

A atuação da Anvisa busca não apenas punir infratores, mas também educar e conscientizar a população e os estabelecimentos sobre a importância da segurança alimentar.

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COMO DENUNCIAR?

Em casos de suspeita de produtos em condições inadequadas ou falta de higiene em estabelecimentos comerciais, qualquer cidadão pode fazer uma denúncia junto à Vigilância Sanitária. 

O processo de denúncia é simples e pode ser realizado presencialmente, por telefone ou por meio dos canais digitais oferecidos pelos órgãos de vigilância municipais ou estaduais.

A denúncia ajuda as autoridades a identificar e resolver problemas antes que eles afetem um grande número de consumidores. 

A participação ativa da população é essencial para manter a segurança e qualidade dos alimentos e produtos à disposição no mercado.

Laísa Menezes, repórter do Folha Vitória
Laísa Menezes

Repórter

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.

Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Viçosa, pós-graduanda em Branding pela Universidade Castelo Branco, Alumni do Susi Leaders (Ed. 2023). Atua no Folha Vitória desde maio de 2024.