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32 mil capixabas devem participar de inquérito sorológico que começou hoje

A base de dados colhidas nos exames vai servir para definir melhor as estratégias e ações de enfrentamento ao coronavírus; a pesquisa vai durar dois meses

32 mil capixabas devem participar de inquérito sorológico que começou hoje 32 mil capixabas devem participar de inquérito sorológico que começou hoje 32 mil capixabas devem participar de inquérito sorológico que começou hoje 32 mil capixabas devem participar de inquérito sorológico que começou hoje
Foto: Divulgação

A Secretaria da Saúde deu início hoje ao inquérito sorológico que vai apontar percentual de capixabas que já tiveram contato com o novo coronavírus. Agentes de saúde vão fazer testes rápidos nas residências de 32 mil pessoas.

O teste servirá para detectar ou não a presença de anticorpos para a covid-19, e o resultado sai em 15 minutos. Ele é semelhante ao teste realizado nas farmácias. 

O subsecretário de Saúde, Luiz Carlos Reblin, diz que essa base de dados vai servir para definir melhor as estratégias e ações de enfrentamento ao coronavírus. A pesquisa vai durar dois meses, e os testes vão ser feitos a cada 15 dias, numa amostragem que vai representar todas as regiões do Espírito Santo.

“Em cada uma dessas cidades tem setores censitários, que foram escolhidos. E no setor, nós vamos sortear as casas que vão ser visitadas. Nessas casas, se tiver mais de um morador, será feito o sorteio do morador que fará o teste. Se o teste do morador for positivo, nós vamos fazer o teste nas demais pessoas da família. Se não for positivo, encerra ali o inquérito. Depois de apurados todos esses resultados, nós vamos saber qual a região onde a epidemia já passou com mais intensidade e onde ela ainda não passou”, ressaltou Reblin.

A infectologista Filomena Alencar, que fez parte da equipe que elaborou o trabalho, disse que a pesquisa vai garantir dados mais reais, já que atualmente as estatísticas se baseiam somente no número de internações.

“Além de a gente verificar a força de transmissão, vai ser verificado também a questão da prevalência de assintomáticos, porque nesse inquérito nós vamos verificar vários sintomas que são atribuídos à covid-19, paralelamente à avaliação com o teste sorológico, que é o teste rápido”, frisou.

Para a também infectologista Rúbia Miossi, saber qual percentual da população teve contato com o vírus é importante, por exemplo, para definir qual o melhor momento de relaxar as regras de isolamento.

“Selecionar aleatoriamente pessoas na comunidade que podem ter tido contato com o vírus e não souberam ajuda a gente a criar um estudo estatístico, epidemiológico, para saber se essa população já teve contato com o vírus ou não. Quanto mais gente ter contato com o vírus, nesse tipo de estudo epidemiológico, mais significa que as pessoas podem estar criando imunidade, e aí se torna mais seguro liberar comércio, transporte público, e a vida ir retornando ao normal”, destacou.

Luiz Carlos Reblin explica que os agentes que vão visitar as casas já são do Município e conhecidos das famílias e comunidades. “Os pesquisadores vão estar identificados e, normalmente, vão estar acompanhados por alguém do Município: ou agente comunitário ou agente da dengue, alguém que você já conhece e que vai facilitar o acesso, para que a gente responda esse inquérito”.

* Com informações da TV Vitória / Record TV