Geral

"A perda de cinco anos não tem consolo", diz pai de Kauã após condenação de Georgeval

Rainy Butkovsky conversou com a reportagem da TV Vitória/Record TV e contou que a falta de justiça, ao longo dos cinco anos, doeu tanto quanto a morte do filho

“A perda de cinco anos não tem consolo”, diz pai de Kauã após condenação de Georgeval “A perda de cinco anos não tem consolo”, diz pai de Kauã após condenação de Georgeval “A perda de cinco anos não tem consolo”, diz pai de Kauã após condenação de Georgeval “A perda de cinco anos não tem consolo”, diz pai de Kauã após condenação de Georgeval
Foto: TV Vitória

Após a sentença de Georgeval Alves, condenado a 146 anos e 4 meses de prisão por estuprar e matar o filho e o enteado, em abril de 2018, familiares paternos do pequeno Kauã Sales Butkovsky, deixaram o Fórum de Linhares, no Norte do Espírito Santo, muito emocionados. 

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Rainy Butkovsky, pai de Kauã, conversou com a equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV assim que o segundo dia de julgamento foi encerrado. Ele contou que, ao longo dos cinco anos, a falta de justiça doeu tanto quanto a morte do filho.

“Foi bem desgastante ficar aqui dois dias, vendo as cenas do meu filho, vendo fotos que machucam o nosso coração. A perda de cinco anos é uma perda que não tem consolo. Não tem conforto que vai fazer amenizar a dor que eu estou sentido, que minha mãe está sentindo. Isso nunca vai ser amenizado, mas, pelo menos, hoje a gente pode colocar a cabeça no travesseiro e saber que a justiça dos tribunais foi feita.”

A avó de Kauã, Marlúcia Butkovsky, também comemorou a condenação de Georgeval. “A condenação dele, divina, já foi. Hoje foi a da terra. Eu falei que não me calaria enquanto não visse a justiça pelo meu neto”, disse, 

A sentença foi proferida na noite de quarta-feira (19) pelo juiz Tiago Fávaro Camata. O julgamento, que teve início na manhã de terça-feira (18), era um dos mais esperados no Estado nos últimos anos.

A pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado. A defesa de Georgeval pode recorrer da sentença para tentar anular o júri ou para reduzir o tempo de condenação.

O Conselho de Sentença, formado por seis mulheres e um homem, decidiu que Georgeval cometeu todos os crimes pelos quais ele havia sido acusado: estupros de vulneráveis, homicídio duplamente qualificado e tortura contra as duas crianças.

Georgeval deixou o Fórum em viatura

Um vídeo registrado pela repórter Mayra Bandeira, da TV Vitória/Record TV, mostra o momento exato em que Georgeval Alves deixa o Fórum de Linhares a bordo de uma viatura.

“O réu se mostra com uma personalidade perversa”, diz juiz

Durante a leitura da sentença, o juiz Tiago Fávaro Camata escreveu que Georgeval teria aproveitado da ausência da então esposa, Juliana Alves, para cometer o crime.

“O réu cometeu os crimes pelos quais foi pronunciado. Julgo procedente a condenação. Destaco que o réu se aproveitou o momento em que Juliana estava viajando com as crianças, estando ausente de casa, para cometer os fatos narrados, o que mostra um crime premeditado. O réu se mostra com uma personalidade perversa, com vida dupla e com capacidade de dissuadir e angariar fiéis sem mostrar sua verdadeira face”, apontou o juiz.

Leia também:

>> Georgeval é condenado a 146 anos por estuprar e matar filho e enteado

>> “Georgeval deveria dar aula para Suzane Von Richtofen”, diz acusação

>> Julgamento de Georgeval: confira perguntas não respondidas pelo réu