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Acidente com plataforma reflete deficiências de fiscalização do setor, diz FUP

Acidente com plataforma reflete deficiências de fiscalização do setor, diz FUP Acidente com plataforma reflete deficiências de fiscalização do setor, diz FUP Acidente com plataforma reflete deficiências de fiscalização do setor, diz FUP Acidente com plataforma reflete deficiências de fiscalização do setor, diz FUP

Rio – O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, diz que tudo indica que o acidente com o navio-plataforma FPSO Cidade de São Mateus, no Espírito Santo, nesta quarta-feira, 11, será de grandes proporções. De acordo com Rangel, o episódio reflete as deficiências da fiscalização dessas unidades de produção de petróleo pelos órgãos governamentais: a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Ministério do Trabalho e a Marinha.

“A atividade de exploração de petróleo cresceu de forma muito rápida no País e esses órgãos não se prepararam para isso. Não há auditores suficientes para acompanhar essas plataformas”, diz Rangel. No caso de uma plataforma operada por um terceiro, nesse caso a empresa BW Offshore, a Petrobras tem a obrigação de ter um fiscal da área de saúde e segurança no local, mas em geral a tripulação costuma ser em sua maior parte terceirizada, explica Rangel. O Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) condena essa prática, por considerar que ela precariza o trabalho e aumenta os riscos de acidentes.

Segundo o coordenador da FUP, a plataforma Cidade de São Mateus foi construída em 1988 e começou a operar para a Petrobras neste local em 2009. O último grande acidente em plataformas da Petrobras ocorreu em março de 2001, quando duas explosões na plataforma P-36 deixaram 11 mortos.

A FUP defende que as operadoras de petróleo rateiem os custos de criação de um sistema de busca e salvamento, não deixando esse aparelhamento a cargo apenas do setor público.