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Alemanha celebra 25 anos da reunificação com conquistas, mas também desafios

Alemanha celebra 25 anos da reunificação com conquistas, mas também desafios Alemanha celebra 25 anos da reunificação com conquistas, mas também desafios Alemanha celebra 25 anos da reunificação com conquistas, mas também desafios Alemanha celebra 25 anos da reunificação com conquistas, mas também desafios

Berlim, 03 – A Alemanha celebra neste sábado 25 anos da sua reunificação. Tanto o presidente, Joachim Gauck, quanto a chanceler, Angela Merkel, nasceram no lado comunista e hoje lideram um país que cada vez mais se afirma como a principal liderança da Europa. Mesmo assim, a recente onda de refugiados do Oriente Médio e norte da África gera desafios para os alemães.

As Alemanhas Ocidental e Oriental se reuniram em 3 de outubro de 1990, encerando um processo de reaproximação que começou 11 meses antes, quando a liderança comunista decidiu derrubar o Muro de Berlim, após a pressão de enormes manifestações populares. Entretanto, apagar as desigualdades entre os dois lados é um processo lento e ainda inacabado.

“No geral, as coisas deram certo. Muitas pessoas se uniram, se esforçaram e começaram a aprender novos trabalhos”, disse Merkel, que nasceu no lado oriental e entrou para a política quando o regime comunista estava no fim. Já Gauck, que também veio da Alemanha comunista, comparou a tarefa da reunificação com o esforço atual para receber centenas de milhares de refugiados. “Como em 1990, um desafio nos aguarda e vai manter as futuras gerações ocupadas. Mas diferentemente daquela época, o que não era unido antes deve crescer junto agora”.

A fala do presidente é uma referência a uma famosa expressão do ex-chanceler Willi Brandt, que em 1989, após a queda do Muro, disse sobre a dividida Alemanha: “agora o que deveria estar junto, vai crescer junto”.

Desde a reunificação, entre 1,5 trilhão e 2 trilhões de euros foram destinados para o lado oriental, numa tentativa de modernizar a defasada indústria local. Após um enorme fluxo de pessoas do oeste para o leste, em 2013 pela primeira vez o movimento inverso foi maior. Mesmo que o desemprego permaneça maior no lado oriental (8,7%) do que no ocidental (5,6%), a diferença vem diminuindo.

De 1985 para cá, a Alemanha consolidou seu lugar como maior economia da Europa e, nos últimos anos, tem mostrado crescentes ambições de liderança política e diplomática. Merkel tem sido a principal defensora de reformas e cortes de gastos em outros países da União Europeia em troca de ajuda financeira. Ao mesmo tempo, seu governo teve papel essencial na mediação da crise entre Rússia e Ucrânia.

Este ano, a Alemanha tem buscado persuadir o resto da Europa a abraçar a tarefa de receber os refugiados da Síria e outros países. O fluxo de imigrantes para o território alemão, em busca de emprego e melhores condições de vida, aumentou no mês passado, após Merkel permitir a entrada de milhares de pessoas que tentavam chegar ao país pela Hungria. A expectativa é receber quase 800 mil pessoas este ano, embora nem todas poderão ficar.

“As experiências da unificação da Alemanha nos dão a sensação e a confiança de que podemos lidar com sucesso com as tarefas que teremos pela frente, não importa quão grandes elas sejam”, comentou a chanceler. Fonte: Associated Press.