Geral

Aluna chamada de 'saco de pancadas' será indenizada após briga na escola em Guarapari

No depoimento que está no processo, a estudante também disse ter sido alvo de chacotas na escola por conta da briga com a outra aluna, tendo o assunto ido parar nas redes sociais

Aluna chamada de ‘saco de pancadas’ será indenizada após briga na escola em Guarapari Aluna chamada de ‘saco de pancadas’ será indenizada após briga na escola em Guarapari Aluna chamada de ‘saco de pancadas’ será indenizada após briga na escola em Guarapari Aluna chamada de ‘saco de pancadas’ será indenizada após briga na escola em Guarapari
Aluna chamada de 'saco de pancadas' será indenizada após briga na escola em Guarapari
A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Foto: ​Divulgação

Uma escola em Guarapari foi condenada a indenizar uma aluna em R$ 5 mil por danos morais após ter sido supostamente omissa em uma briga envolvendo duas estudantes. O valor da indenização deverá ser pago com juros e correção monetária.

Segundo o depoimento da estudante, durante o intervalo, ela, que estuda no turno da manhã, entrou em discussão com outra aluna, chegando às vias de fato, o que teria lhe causado lesões físicas, uma vez que recebeu um soco na boca durante a briga. Ainda de acordo com a aluna, parte de seus dentes foram quebrados por conta da confusão.

No depoimento que está no processo, a  estudante também disse ter sido alvo de chacotas na escola por conta da briga com a outra aluna, tendo o assunto ido parar nas redes sociais. No colégio, segundo os autos, ela passou a ser chamada de “saco de pancadas”, além de passar a conviver com o isolamento por parte dos colegas de sala.

Em sua defesa, a escola disse que a rixa entre as alunas era de origem interna, sustentando que a coordenação disciplinar da instituição aconselhou que os pais das estudantes as trocassem de sala para evitar novos conflitos. A coordenação ainda disse que, após o incidente, passou a monitorar os alunos de maneira mais intensa.

Ao contestar o pedido de indenização por danos morais, feito pela aluna no processo, a escola alegou que o fato aconteceu por influência de terceiros, o que estaria fora de sua alçada.

No entanto, para a juíza da 3ª Vara Cível de Guarapari, Terezinha de Jesus Lordello, “a escola teria o dever de zelar pela incolumidade física e psíquica de seus alunos, seja instruindo seus funcionários a exercer o dever de vigilância enquanto seus alunos estão no intervalo, seja instruindo seus professores a fazê-lo enquanto no período de aulas”, disse a juíza.