A falsa suspeita de ebola pegou de surpresa os colegas que viajaram com a paciente que apresentou o risco da doença na manhã desta segunda-feira (20). A mulher viajou com um grupo de uma Igreja Batista de Vitória e chegou de Israel no último sábado (18). Segundo eles, o susto foi principalmente pela grande repercussão do caso, já que ela não tinha sintomas que tivessem ligação com a doença.
No local ela teve contato com pessoas de diversos países em um dos encontros religiosos. Esse foi um dos motivos que teria levado os médicos a pensarem que poderia ser ebola. Segundo colegas, no último domingo (19) ela estava bem, apenas com muita tosse. Ela também disse a eles que achava que estava com muita gripe.
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De acordo com a família da evangélica, ela foi medicada, precisou ficar no soro para não desidratar, mas está bem e sendo observada. Por causa da suspeita ela ficou isolada, mas foi encaminhada para o quarto e aguarda o resultado dos exames. Como a suspeita da doença foi descartada, ela fez exames de rotina, como o exame de sangue.
Quem viajou com a turista contou que nos aeroportos por onde eles passaram era possível ver os processos de triagem de pessoas que chegavam de outros países, mas nada que assustasse.
Boatos
A mulher foi internada na manhã desta segunda-feira (20) no Hospital Santa Rita, em Vitória. Após ela chegar ao hospital e o pronto-socorro ser interditado, vários boatos começaram a surgir na internet. Nas redes sociais, uma mensagem compartilhada através do aplicativo WhatsApp, também alertava sobre o possível caso da doença no Espírito Santo.
Várias versões sobre o perfil do paciente circulavam pelos corredores do hospital. Pacientes disseram que a falsa notícia gerou muito tumulto no local e o pânico tomou conta dos pacientes.
Secretaria de Saúde e Vigilância descartam suspeita
A Secretaria de Saúde do Espírito Santo descartou a suspeita de ebola. Segundo a Sesa, os sintomas não comprovaram a doença. A assessoria de imprensa do Hospital Santa Rita informou que a Vigilância Sanitária foi acionada e também descartou a suspeita do vírus. Segundo o hospital, a paciente não apresentava sequer os sintomas que se encaixam no perfil de contaminação da doença.
Técnicos da Vigilância Sanitária permanecem na unidade e orientam os funcionários através de palestras sobre a doença. Por conta do boato, o pronto-socorro do Hospital Santa Rita ficou fechado por meia hora.
