Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Um peixe da espécie Meca, conhecido também como Espadarte, foi capturado nesta segunda-feira (6) em Guarapari, Espírito Santo, durante uma competição de pesca esportiva

Com um peso impressionante de 328,6 quilos, o animal entrou para a história como um dos maiores já pescados na região.  

O peixe foi pescado pelo cirurgião-dentista Igor Dórea, mas a captura exigiu também o esforço dos colegas dele que estavam no barco. Para retirar o Espadarte da embarcação, foi necessário o auxílio de um guindaste, o que gerou grande comoção entre os moradores e turistas.

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A captura aconteceu a aproximadamente 45 km da costa capixaba e a uma profundidade de 600 metros. A equipe Blue Label, composta por Rodrigo Dessaune, Fred Dessaune, Igor Dórea, Victor Dórea, Jefinho e Rafael Dessaune, saiu de Vitória no início da manhã com o objetivo de fisgar um grande peixe.

“Estávamos participando de uma competição, e saímos em equipe para pescar. O Meca mordeu a isca por volta das 9h, mas só conseguimos trazê-lo à superfície às 13h. Foram mais de quatro horas de trabalho intenso, com todos ajudando. Sem essa união, não seria possível,” relatou Igor Dórea.

O peso do Meca foi o ponto alto do dia. Após a confirmação do tamanho, Igor conta que avisou amigos e conhecidos sobre a captura. Ao retornarem para a praia, a embarcação foi recebida por uma multidão curiosa. 

“Foi uma festa! As pessoas queriam ver o peixe de perto. Foi emocionante ver tanta gente na praia esperando por nós,” disse Igor.

Com a ajuda de um guindaste, o peixe foi retirado da embarcação para ser pesado. Igor e sua equipe registraram todo o processo em vídeo e planejam enviar as informações para órgãos responsáveis por catalogar recordes de pesca esportiva. Segundo ele, o maior Meca pescado no estado até então tinha 282 quilos.

Veja o vídeo: 

Semelhança com o Marlim Azul: confusão e curiosidade

A pesca do Meca gerou comentários nas redes sociais, com muitas pessoas confundindo a espécie com o Marlim Azul, peixe-símbolo do Espírito Santo. Guarapari, inclusive, tem uma estátua do Marlim Azul na Praia do Morro, um dos principais pontos turísticos da cidade.

O peixe Meca e o Marlim Azul têm características similares, como o formato do bico, o que pode confundir os menos experientes. 

Foto: Douglas Norbim | @douglasnorb

O biólogo Daniel Gosser Motta, Mestre em Biologia Animal pela UFES, explicou as principais diferenças entre o Marlim Azul e o Espadarte, também conhecido como peixe Meca. 

“O Marlim Azul tem uma coloração mais acidentada, com manchas azuladas que, dependendo da posição da luz do sol, refletem essa tonalidade e justificam o nome. Além disso, ele possui duas nadadeiras dorsais bem características. Já o Espadarte tem uma cor predominantemente amarronzada e não apresenta essas nadadeiras dorsais, sendo bem diferente do Marlim Azul”, disse o biólogo.

Além disso, os peixes são parecidos, mas pertencem a famílias diferentes. O Meca é encontrado em alto-mar no Atlântico Sul e pode pesar até 540 quilos. Já o Marlim Azul, que pode ultrapassar 600 quilos, está ameaçado de extinção e sua pesca é proibida

Apesar do tamanho do peixe, Igor destacou que na competição em que participava, a pontuação também considera a quantidade de peixes pescados. 

“Outras equipes conseguiram capturar mais peixes, mas menores. O nosso foi o maior, mas a competição não se resume ao peso,” explicou o pescador.

Além de registrar o feito histórico, a equipe planeja compartilhar parte do peixe entre amigos e funcionários do Iate Clube de Vitória. O evento ficará marcado não só pela grandiosidade da captura, mas também pelo impacto positivo no cenário esportivo e turístico da região.

Carlos Raul Rodrigues, estagiário do Folha Vitória
Raul Rodrigues

Repórter

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025.

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025.