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Anac vota nesta terça-feira proposta que pode criar cobrança para bagagem

Entre as propostas de mudanças está a cobrança por bagagem. A prática é comum em países da Europa e nos Estados Unidos. A Anac afirma que a mudança pode deixar as passagens mais baratas

Anac vota nesta terça-feira proposta que pode criar cobrança para bagagem
A Anac afirma que tantas empresas aéreas quanto consumidores serão beneficiados pelas novas regras Foto: TV Vitória

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) votará nesta terça-feira (13) as mudanças nas normas do transporte aéreo no Brasil e uma das propostas vai afetar diretamente o bolso dos passageiros: a cobrança por bagagem. Hoje, as passagens aéreas domésticas já incluem uma franquia de 23 quilos no despacho e 5 quilos na bagagem de mão.

Se a mudança for aprovada nesta terça-feira (13), o que passar de 23 e 5 quilos será despachado e cobrado pelas companhias aéreas. A cobrança já acontece em países da Europa e nos Estados Unidos e poderá ser feita gradativamente em voos internacionais. 

A dona de casa Samile Cristina Guimarães embarcou com toda a família para Portugal na tarde desta segunda-feira (12), mas, ainda no saguão do Aeroporto de Vitória, ela informou que, por estar viajando com a família inteira, está levando muitas bagagens.  Para ela, se a medida já estivesse sido aprovada, pesaria no bolso. 

“Só de passagens eu paguei R$14 mil e com um monte de malas que estou levando, imagina o quanto eu teria que pagar? Já imaginou o valor de R$ 50 ou R$ 100 cada mala? Ficaria muito pesado. É muito dinheiro que a gente paga para poder viajar e ainda ter que pagar a mais pela bagagem”.

A Anac afirma que tantas empresas aéreas quanto consumidores serão beneficiados pelas novas regras. Segundo a agência, entre as vantagens estão a devolução mais rápida ou indenização em caso de bagagem extraviada e falta de assentos no voo, além de novos serviços e passagens mais baratas. 

Para a advogada Paul Tardin de Castro, tanto as empresas quanto os passageiros terão que se adaptarem as mudanças. Para ela, os passageiros deverão ficar bem atentos se valerá a pena viajar com bagagem ou sem. 

“A questão de conceder a companhia aérea o direito de decidir se vai cobrar ou não pelas bagagens que são despachadas eu acredito que é um retrocesso porque o fundamento dessa mudança seria para poder aquecer o mercado, reduzir o valor das tarifas aéreas, mas não temos nenhuma garantia de que essas passagens serão realmente reduzidas”.