Geral

Anvisa decide que compra de hidroxicloroquina exige receita médica

A substância está sendo estudada como possível remédio para o novo coronavírus e gerou corrida nas farmácias em busca do produto

Anvisa decide que compra de hidroxicloroquina exige receita médica Anvisa decide que compra de hidroxicloroquina exige receita médica Anvisa decide que compra de hidroxicloroquina exige receita médica Anvisa decide que compra de hidroxicloroquina exige receita médica
Foto: Reprodução/Pexels

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira, 20, passar a exigir apresentação de receita médica em farmácias para liberação de medicamentos com hidroxicloroquina, substância estudada como possível remédio para o novo coronavírus. O órgão afirma que a medida vai permitir que pacientes que já utilizam o medicamento não fiquem sem tratamento.

“A falta do produto pode deixar os pacientes com malária, lúpus e artrite reumatoide sem os tratamentos adequados”, diz a agência, que afirma ter recebido relatos de aumento da procura pelo produto após pesquisas indicarem que ele pode ajudar a tratar a nova doença.

“Apesar de alguns resultados promissores, não há nenhuma conclusão sobre o benefício do medicamento no tratamento do novo coronavírus”, diz a Anvisa, que não recomenda uso do produto no momento.

O Conselho Federal de Medicina havia solicitado que a Anvisa colocasse a apresentação de receita médica como exigência para liberar o produto.

“Os pacientes que já fazem uso do medicamento poderão continuar utilizando sua receita simples para comprar o produto durante o prazo de 30 dias. A receita será registrada pelo farmacêutico que já está obrigado a fazer o controle do medicamento no momento da venda”, diz a agência.

Na nova categoria o medicamento só poderá ser entregue mediante receita branca especial em duas vias. “Médicos que fazem a prescrição de hidroxicloquina ou cloroquina já devem começar a utilizar este formato”, decidiu a Anvisa.

Segundo a agência, a hidroxicloroquina já estava enquadrada como medicamento sujeito à prescrição médica. Com a nova categoria a venda irregular pelas farmácias é considerada infração grave. “O uso sem supervisão médica também pode representar um alto risco à saúde das pessoas”, alerta a Anvisa.