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Após mais de 24 horas sem água, abastecimento volta ao normal em Linhares

Uma mancha escura, densa, e de odor forte apareceu no Rio Pequeno, responsável pelo abastecimento da sede do Município. A prefeitura chegou a decretar situação de emergência.

Após mais de 24 horas sem água, abastecimento volta ao normal em Linhares Após mais de 24 horas sem água, abastecimento volta ao normal em Linhares Após mais de 24 horas sem água, abastecimento volta ao normal em Linhares Após mais de 24 horas sem água, abastecimento volta ao normal em Linhares
Após mais de 24 horas sem água, abastecimento volta ao normal em Linhares
Mais de 80 mil moradores ficaram sem água Foto: Zenilton Custódio / Reprodução Facebook

O abastecimento de água no município de Linhares, região Norte do Espírito Santo, voltou ao normal na noite desta sexta-feira (25). De acordo com a Prefeitura de Município, o problema foi resolvido por volta das 22 horas.

A cidade ficou por mais de 24 horas sem água devido à contaminação. Uma mancha escura, densa, e de odor forte apareceu no Rio Pequeno, responsável pelo abastecimento da sede do Município. A prefeitura chegou a decretar situação de emergência.​

Após detectar a mancha que tinha cerca de dois quilômetros de extensão, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) optou por interromper a distribuição da água para os moradores. No final da tarde desta sexta-feira (24), a suposta contaminação se dissipou.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Rodrigo Paneto, explicou que o motivo da contaminação foram cianobactérias, que são bactérias que se reproduzem em locais com grande concentração de materiais em decomposição, como esgotos. “Trabalhamos mais de 30 horas, e os testes laboratoriais definiram que podemos tratar a água. A contaminação foi por cianobactéria, explicou.

Mais de 80 mil pessoas ficaram sem água. Pelo menos 23 unidades de saúde, o Núcleo de Atenção às Políticas de Saúde (Naps), o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS II), a Unidade Sanitária de Linhares (USL), precisaram ser fechadas, deixando a população sem atendimento médico. Escolas também tiveram as aulas suspensas.

Os hospitais e unidades de saúde da cidade precisaram ser abastecidos com caminhões pipa. O interior do município, não foi afetado, já que a captação de água é feita de outro local.  Durante a falta d’água foi feita a abertura da boca da Lagoa Juparanã, onde ocorre o encontro com o Rio Pequeno. A ação foi necessária porque o fluxo do rio foi interrompido por causa do baixo nível da lagoa em virtude da seca prolongada. Profissionais em embarcações realizam a limpeza manual das plantas (macrófitas aquáticas) superficiais.

De acordo com a prefeitura, testes laboratoriais realizados nesta sexta-feira (25) confirmaram que a água pode voltar a ser tratada. O Saae alertou que a água que chegará nas torneiras das casas dos moradores poderá ter uma coloração escura, que acontece porque a tubulação que liga a empresa e as residências ficou mais de 24 horas vazia, acumulando sedimentos. A população deve fazer o descarte dos primeiros jatos e usar a água quando ela voltar a ficar incolor.