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Após protesto, manifestantes pedem saída de presidente da Ceasa, que diz que não depende da 'opinião dessas pessoas'

Carlos participará da reunião na próxima segunda-feira (19). Ele disse que a proposta da administração será dar continuidade ao trabalho que está sendo realizado na Ceasa

Após protesto, manifestantes pedem saída de presidente da Ceasa, que diz que não depende da ‘opinião dessas pessoas’ Após protesto, manifestantes pedem saída de presidente da Ceasa, que diz que não depende da ‘opinião dessas pessoas’ Após protesto, manifestantes pedem saída de presidente da Ceasa, que diz que não depende da ‘opinião dessas pessoas’ Após protesto, manifestantes pedem saída de presidente da Ceasa, que diz que não depende da ‘opinião dessas pessoas’
Foto: Reprodução TV Vitória

Uma das solicitações dos trabalhadores da Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), que interditaram a BR-262 e a Rodovia do Contorno, nesta quinta-feira (15), é a exoneração do diretor-presidente da Ceasa, Carlos Roberto Rafael. 

A principal reivindicação é a cobrança das tarifas de entrada no local. O pagamento, que antes valia para o dia inteiro, agora é cobrado a cada entrada pelo portão da Ceasa.

Segundo o logista Cleniomar Ribeiro Gomes, um dos líderes da manifestação, a exigência da saída do presidente é comum para todos os trabalhadores, pois ele não dialoga com a categoria. O comerciante estima que o prejuízo dele, nesta quinta-feira (15), ultrapasse o valor de R$ 350 mil.

A reportagem conversou com alguns carregadores, que citaram diversos problemas de infraestrutura dentro do Ceasa, como falta de vigilantes, na iluminação, falta de limpeza e manutenção e muitos buracos, que dificulta no transporte das mercadorias.

Uma reunião entre representantes dos trabalhadores, deputados e representantes do Governo do Estado, está marcada para a próxima segunda-feira (19). As reivindicações dos trabalhadores serão apresentadas na reunião. Caso as solicitações não sejam atendidas, uma nova interdição no trecho está prevista para a próxima quarta-feira (21).

Por telefone, Carlos Roberto Rafael negou qualquer mudança no valor das taxas de portaria. Ele disse que as mudanças acontecem no sistema de entrada e saída, que antes era manual e agora é eletrônico. “Há 45 dias o sistema de cobrança mudou. Antes tinha uma empresa que fazia o trabalho de forma manual. Agora o sistema é eletrônico. É um processo que traz segurança, transparência e garantia de que o dinheiro não está sendo desviado”, disse.

Sobre as reivindicações dos trabalhadores em relação à infraestrutura da Ceasa, Carlos disse que o espaço conta com uma empresa de vigilância armada, além uma viatura da Polícia Militar, que atua na porta da Ceasa. O diretor-presidente disse ainda que está sendo executado um serviço de tapa-buraco. Ele citou futuros projetos para a implantação de câmeras de videomonitoramento e outro projeto referente à pintura de sinalização do espaço.

Por fim, ele disse que não há qualquer previsão de renunciar o cargo. “Isso é uma empresa pública de natureza privada. Eu não tenho nenhum tipo de dependência da opinião dessas pessoas”. Carlos disse acreditar que o protesto esteja sendo promovido por pequenos grupos de interesse, com solicitações diversas. “O que acontece é que (as mudanças) estão atingindo pessoas que querem agir de má fé […] são grupos diversos, com interesses próprios, que estão fazendo essa manifestação”, pontuou.

Carlos participará da reunião na próxima segunda-feira (19). Ele disse que a proposta da administração será dar continuidade ao trabalho que está sendo realizado na Ceasa. Carlos assumiu o cargo de diretor-presidente em janeiro deste ano, eleito pelo Conselho de Administração.