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Após recontagem em prisões no AM, sobe para 225 número de foragidos

Após recontagem em prisões no AM, sobe para 225 número de foragidos Após recontagem em prisões no AM, sobe para 225 número de foragidos Após recontagem em prisões no AM, sobe para 225 número de foragidos Após recontagem em prisões no AM, sobe para 225 número de foragidos

Manaus – Após recontagem no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou nesta sexta-feira, 13, que 225 presos conseguiram escapar das prisões nas rebeliões ocorridas na virada do ano, que resultaram na morte de 56 detentos. Inicialmente o governo havia afirmado que 184 presidiários tinham escapado.

Dos 225 presos que fugiram na ocasião, 148 continuam nas ruas e 77 foram recapturados e voltaram para as prisões. O governo também divulgou a lista com os nomes dos detentos que continuam foragidos.

Massacre

Um sangrento confronto entre facções no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, deixou 56 mortos entre a tarde de 1º de janeiro e a manhã do dia 2. A rebelião, que durou 17 horas, acabou com detentos esquartejados e decapitados no segundo maior massacre registrado em presídios no Brasil – em 1992, 111 morreram no Carandiru, em São Paulo. Treze funcionários e 70 presos foram feitos reféns e 184 homens conseguiram fugir. Outros quatro presos foram mortos no Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), também em Manaus. Segundo o governo do Amazonas, o ataque foi coordenado pela facção Família do Norte (FDN) para eliminar integrantes do grupo rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Cinco dias depois, 31 detentos foram mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), em Boa Vista, Roraima. A maioria das vítimas foi esquartejada, decapitada ou teve o coração arrancado. Com 1.475 detentos, a PAMC é reduto do PCC, que está em guerra contra a facção carioca Comando Vermelho (CV) e seus aliados da FDN. Roraima tem 2.621 presos – 900 dos quais pertenceriam a facções, a maioria do PCC.

A guerra de facções deixou o sistema penitenciário em alerta, e os governadores de Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pediram ajuda do governo federal com o envio da Força Nacional. Amazonas foi o primeiro Estado a receber. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, são necessários R$ 10 bilhões para acabar com déficit prisional no País.