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Após sanções americanas, petróleo venezuelano lota navios por falta de comprador

Após sanções americanas, petróleo venezuelano lota navios por falta de comprador Após sanções americanas, petróleo venezuelano lota navios por falta de comprador Após sanções americanas, petróleo venezuelano lota navios por falta de comprador Após sanções americanas, petróleo venezuelano lota navios por falta de comprador

O governo da Venezuela está ficando sem espaço para armazenar o petróleo afetado por sanções americanas que poucos clientes no mundo ousam comprar. Com isso, a estatal PDVSA se viu forçada a reduzir a produção em um momento no qual a demanda pelo petróleo sulfuroso e pesado – abundante no país – aumentou, diz a Fortune.

argueiros com 8,36 milhões de barris de petróleo venezuelano, cujo preço estimado é de US$ 500 milhões, estão ancorados na costa do país, enquanto Caracas busca compradores depois que as sanções do governo americano entraram em vigor, em janeiro. São 16 navios que pertencem à PDVSA, à Chevron e à russa Rosneft.

Refinarias que costumam processar o petróleo venezuelano diminuíram o fluxo de produção nas últimas semanas porque ficaram sem espaço para processar os barris que chegam sem compradores. A alternativa encontrada foi armazenar o petróleo em navios em alto mar, algo feito pelo Irã durante as sanções dos EUA contra seu programa nuclear.

Essas dificuldades evidenciam o impacto que as sanções americanas tiveram na PDVSA. As vendas de petróleo para os EUA, principal cliente da empresa, secaram. Sem acesso ao sistema financeiro americano, usado por refinarias e seguradoras para fazer negócios, a empresa estatal tem dificuldades para encontrar novos clientes. As exceções são Índia e China, a quem os venezuelanos já deviam petróleo por acordos de empréstimo feitos nos governos de Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

A Petromonagas, joint venture da PDVSA com a Rosneft, já não tem espaço para armazenar petróleo. A Petropiar, parceria com a Chevron, vai no mesmo caminho, assim como a Equinor, sociedade com a Total. Além disso, o veto à venda de vendas de diluentes tornaram difícil o transporte de petróleo dos oleodutos para as refinarias. Com isso, a procura pelo petróleo colombiano, que disputa mercado com o venezuelano, aumentou. O barril local subiu US$ 4 nas últimas semanas.