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Ataque de coalizão saudita em hotel deixa vários mortos no Iêmen

Ataque de coalizão saudita em hotel deixa vários mortos no Iêmen Ataque de coalizão saudita em hotel deixa vários mortos no Iêmen Ataque de coalizão saudita em hotel deixa vários mortos no Iêmen Ataque de coalizão saudita em hotel deixa vários mortos no Iêmen

Cairo – A coalizão liderada pela Arábia Saudita realizou vários ataques aéreos no Iêmen no início da quarta-feira, atingindo um pequeno hotel próximo à capital do país, Sanaa, e matando dezenas de pessoas, entre rebeldes xiitas houthis e civis, de acordo com autoridades iemenitas e testemunhas. Segundo as fontes, estima-se que 60 pessoas tenham morrido no ataque, ocorrido na manhã desta quarta-feira na cidade de Arhab, 35 quilômetros a norte de Sanaa.

O hotel de dois andares no bairro de Qaa al-Qaidhi sofreu graves estragos e corpos ainda eram retirados dos escombros, disseram as testemunhas. Elas também afirmaram que outro ataque aéreo atingiu um posto de controle mantido pelos houthis, a alguns quilômetros do hotel. As fontes pediram anonimato pois não tinham autorização para falar com a imprensa.

O site da emissora Al-Masirah afirmou que 41 pessoas foram mortas em Arhab, apontando que o número de mortos deve subir. Não era possível checar os diferentes números divulgados de vítimas no episódio.

A coalizão liderada pelos sauditas tem mantido uma campanha aérea contra os houthis e as forças leais ao presidente deposto iemenita Ali Abdullah Saleh desde março de 2015, buscando expulsar os rebeldes das terras que eles capturaram, inclusive em Sanaa, e restaurar o governo internacionalmente reconhecido do presidente Abed Rabbo Mansour Hadi.

Os ataques aéreos, porém, também atingiram alvos civis, como escolas, hospitais e mercados, matando milhares de pessoas. Grupos de direitos humanos acusaram a coalizão de crimes de guerra. Ativistas também pediram que países do Ocidente, entre eles os EUA e o Reino Unido, interrompam o apoio militar à coalizão.

O conflito no Iêmen começou após os houthis chegarem a Sanaa em 2014 e derrubarem o governo de Hadi, forçando-o a partir para a cidade portuária de Áden, no sul do país, e levando o presidente deposto a buscar ajuda militar dos países árabes do Golfo, liderados pela Arábia Saudita. O conflito já matou mais de 10 mil civis, levou 3 milhões a fugirem de suas casas e deixou a empobrecida nação à beira de uma crise de fome. Fonte: Associated Press.