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Ataque do governo sírio com bombas de barril matam pelo menos 18 em Alepo

Ataque do governo sírio com bombas de barril matam pelo menos 18 em Alepo Ataque do governo sírio com bombas de barril matam pelo menos 18 em Alepo Ataque do governo sírio com bombas de barril matam pelo menos 18 em Alepo Ataque do governo sírio com bombas de barril matam pelo menos 18 em Alepo

Beirute, Líbano – Helicópteros do governo sírio bombardearam nesta quinta-feira a cidade de Alepo, norte do país, matando pelo menos 18 pessoas e deixando dezenas de feridas, informaram ativistas.

O ataque aconteceu embora o presidente Bashar Assad tenha negado veementemente, em entrevista à televisão estatal portuguesa, que suas Forças Armadas usem as chamadas bombas de barris contra civis. “Estamos falando sobre propaganda”, disse Assad em entrevista.

O ataque aéreo contra um bairro controlado pelos rebeldes foi uma aparente represália a um ataque, realizado um dia antes por combatentes da oposição, contra um prédios usado pelos serviços de inteligência do governo.

Aeronaves sírias já lançaram centenas de bombas de barril durante a guerra civil, matando milhares de civis e provocando muita destruição. A tática, que geralmente envolve o lançamento de cilindros cheios de explosivos dos helicópteros, é muito criticada por grupos de defesa dos direitos humanos, porque as bombas não são precisas.

O ativista de Alepo Abu Raed disse que uma bomba de barril atingiu um estabelecimento comercial que vendia gasolina e óleo diesel. Segundo ele, o local se incendiou rapidamente e muitas pessoas que estavam próximas sofreram queimaduras.

Segundo Raed, o ataque contra o bairro de Qadi Askar matou pelo menos 20 pessoas. Já o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, afirma que os mortos foram 18.

O ataque aéreo foi realizado depois de a Frente Nusra, grupo afiliado à Al-Qaeda, e outras facões islâmicas radicais, terem lançado um ataque a um prédio da inteligência em Alepo, explodindo parte das instalações, antes de tentar invadi-las.

“Isso foi um ato de vingança”, disse Abu Raed referindo-se aos ataques aéreos.

A crise na Síria teve início em março de 2011 e matou mais de 220 mil pessoas, número contestado por Assad durante a entrevista. Segundo o presidente, há um exagero na estimativa. “Vivemos um desastre humanitário na Síria”, declarou Assad.

Assad previu que os 5 mil rebeldes moderados que os Estados Unidos esperam treinar para lutar contra o Estado Islâmico irão, eventualmente, se unir aos militantes. Ele estava se referindo às facções apoiadas pelo Ocidente que já lutam contra o Estado Islâmico e têm sido derrotadas pelo grupo e pela Frente Nusra.

Em fevereiro, o Departamento de Estado norte-americano disse que os Estados Unidos haviam escolhido 1.200 rebeldes sírios moderados para participar de um treinamento na Turquia, Arábia Saudita e Catar. O Congresso norte-americano aprovou uma lei autorizando a medida e o fornecimento de US$ 500 milhões para o treinamento de cerca de 5 mil rebeldes até o próximo ano. Fonte: Associated Press.