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Ataques russos devem atingir Estado Islâmico, não opositores de Assad, diz Kerry

Ataques russos devem atingir Estado Islâmico, não opositores de Assad, diz Kerry Ataques russos devem atingir Estado Islâmico, não opositores de Assad, diz Kerry Ataques russos devem atingir Estado Islâmico, não opositores de Assad, diz Kerry Ataques russos devem atingir Estado Islâmico, não opositores de Assad, diz Kerry

Nova York – O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou que os bombardeios da Rússia na Síria devem ser dirigidos a posições do Estado Islâmico e outros grupos terroristas no país e não à oposição moderada a Bashar al-Assad. “Não podemos confundir nossa luta contra o ISIL com o suporte a Assad”, disse Kerry, utilizando a sigla normalmente adotada pelo governo americano para se referir à organização.

As declarações do secretário americano foram feitas durante reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocada por Moscou para discutir a situação do Oriente Médio e o combate ao terrorismo. O debate evidenciou a divisão entre aliados da Rússia e dos EUA em relação à melhor estratégia para solucionar a crise na Síria.

O governo de Vladimir Putin realizou hoje seus primeiros bombardeios aéreos na Síria, um ano depois de os EUA terem iniciado suas ações no país. No encontro do Conselho de Segurança, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, defendeu a criação de uma ampla coalizão de combate ao terrorismo, com a participação de Assad e do Exército sírio.

Além dos EUA, a proposta foi rejeitada por França e Inglaterra. Os três países detêm poder de veto dentro do organismo ao lado de Rússia e China. O representante de Pequim se alinhou com a posição de Moscou ao defender uma solução política para a crise que abranja os interesses de “todas as partes” e se posicionar contra a intervenção externa “arbitrária” na região.

Os ministros das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, e da Inglaterra, Philip Hammond, criticaram a omissão do Conselho de Segurança na crise síria e a incapacidade do organismo de aprovar resoluções que autorizem ação coordenada de seus membros. A Rússia tem usado seu poder de veto para barrar propostas que considera contrárias aos interesses de seu aliado Assad. “O Conselho de Segurança tem sido infelizmente o conselho da impotência”, afirmou Fabius.