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Atenção! Excesso de peso na mochila pode prejudicar saúde das crianças

Respeitado o peso máximo permitido pela saúde da criança ou adolescente, e algumas regras simples, nenhuma mochila será prejudicial à rotina escolar

Atenção! Excesso de peso na mochila pode prejudicar saúde das crianças Atenção! Excesso de peso na mochila pode prejudicar saúde das crianças Atenção! Excesso de peso na mochila pode prejudicar saúde das crianças Atenção! Excesso de peso na mochila pode prejudicar saúde das crianças
Mochilas pesadas podem causar problemas sérios nas crianças Foto: Divulgação

Cadernos, livros, apostilas, agenda, estojo. O que não faltam são itens de primeira necessidade para serem guardados na mochila escolar. Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: será que tudo o que a criança ou adolescente leva está ideal para o peso dele? 

O profissional de Educação Física Bruno Kirmes explica que o peso máximo carregado pelos estudantes precisa ser 10% do seu peso corporal. “Ao levar mais do que deveria, o aluno vai começar a projetar o tronco para frente ou forçar o abdômen. Isso pode acarretar um problema sério de coluna, com alterações fisiológicas na curvatura, e vai ser prejudicial, principalmente, em uma criança em fase de crescimento”, explicou.

E para quem quiser fazer as contas, mais uma dica do especialista. “O cálculo desses 10% não pode ser levado em conta quando a criança está com sobrepeso. O certo é calcular o percentual sobre sua massa magra, o que normalmente é feito em avaliações físicas ou nutricionais”.

Hoje em dia, os modelos mais usuais de mochila são aquelas mais tradicionais, de alças, e as de rodinha. E uma vez respeitado o peso máximo permitido pela saúde da criança ou adolescente, e algumas regras simples, nenhuma delas será prejudicial à rotina escolar.

“No caso da mochila de ombro/costas, o ideal é que ela tenha um tamanho proporcional à altura da criança (de preferência, que a altura da mochila seja a mesma altura da sua coluna – que vai da base do crânio à região lombar). A regulagem das alças deve ser feita de modo que a mochila não passe para a região do bumbum, pois isso vai gerar um desequilíbrio postural, e se a mochila tiver uma alça que prenda também junto ao abdômen, melhor ainda! Isso é mais um fator de segurança para o aluno”, argumenta Bruno.

Diferente da mochila de alça, o peso das de rodinha não incide diretamente sobre a coluna. Ainda assim, na opinião do profissional de Educação Física, esta opção é mais prejudicial porque, naturalmente, a criança utiliza apenas um dos braços para puxá-la, o que pode causar desequilíbrio postural e aumentar o risco de lesão no braço que está sendo sobrecarregado.

“Lembrando que esses prejuízos não surgirão da noite para o dia, e sim com o processo repetitivo ao longo dos anos, principalmente para as crianças e adolescentes em fase de crescimento”, ressalta ele, lembrando, ainda, que os cuidados com a saúde postural não deve se limitar às mochilas.

Bruno diz que além da preocupação constante com a quantidade de material que as crianças estão transportando, as escolas devem também avaliar constantemente a ergonomia das carteiras escolares, quadros, telas de computadores, bebedouros e demais instalações utilizadas regularmente pelos seus alunos.

Mais dicas

– Ao escolher uma mochila, é importante que ela seja leve. Quando estiver vazia, ela não deve pesar mais que meio quilo.

– Evite as mochilas de tira única – bolsa tipo carteiro –, pois elas não distribuem o peso uniformemente, o que pode também causar problemas de postura.

– As alças devem ser acolchoadas, reguláveis e com largura mínima de quatro centímetros na altura dos ombros. Tiras estreitas podem causar compressão nos ombros e restringir a circulação. É interessante também concentrar os objetos mais pesados no centro da mochila e mais próximos das costas.

– No caso das mochilas com rodinhas, é preciso ter cuidado com a alça do carrinho, que deve estar a uma altura apropriada. As costas devem estar retas ao puxá-la.

– Os pais e responsáveis devem conferir periodicamente as mochilas a fim de evitar que os filhos carreguem objetos desnecessários. “Muitas vezes, eles têm na mochila coisas que não precisam ser levadas à escola, como joguinho, brinquedos, tablet, e isso aumenta o peso”, alerta Bruno Kirmes.