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Audiência deve definir rumos da greve dos garis no Rio

Audiência deve definir rumos da greve dos garis no Rio Audiência deve definir rumos da greve dos garis no Rio Audiência deve definir rumos da greve dos garis no Rio Audiência deve definir rumos da greve dos garis no Rio

Rio de Janeiro – Audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) deve definir na quarta-feira (18) os rumos da greve dos garis, iniciada na sexta-feira. Com a presença de grevistas e representantes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), a Justiça deverá definir o aumento salarial da categoria. A expectativa do Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro é que a greve termine após a decisão judicial.

A greve foi considerada ilegal pelo TRT na sexta-feira. A Justiça determinou a imediata suspensão do movimento e o retorno ao serviço, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Também estabelece a presença de força policial nas garagens, para que os garis possam sair para o trabalho sem ser impedidos pelos piquetes. A categoria reivindica 47,7% de aumento salarial. A prefeitura propôs 7%. Há lixo acumulado no centro e em bairros das zonas norte e sul.

Cerca de cem garis, segundo a Polícia Militar (PM), participaram nesta terça-feira de manifestação no centro. Eles se reuniram na Candelária e seguiram para a sede da prefeitura, na Cidade Nova. Pacífico, o ato foi acompanhado por 30 policiais. Depois os garis foram para a Câmara Municipal, na Cinelândia. De acordo com Bruno Coelho, do grupo de negociação da campanha salarial, adolescentes e usuários de drogas estão sendo empregados em serviços de limpeza urbana no lugar dos grevistas, sem contrato de trabalho. O trabalho irregular, disse, ocorreu na gerência do Méier, zona norte. “Havia seis crianças trabalhando. Chamamos a polícia e o Conselho Tutelar.”

O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que a procuradora-chefe no Estado, Teresa Basteiro, foi procurada na segunda-feira por garis, que entregaram foto de adolescente perto de um caminhão da Comlurb. Os garis disseram que ele trabalhava quando a imagem foi feita. O MPT estuda se abrirá inquérito para investigar o caso. O Conselho Tutelar do Méier confirmou a visita à Comlurb, mas “nada foi constatado”. Em nota, a Comlurb informou que o plano de contingência da greve tem o apoio de agentes da Guarda Municipal, PM, secretarias de Conservação, Ordem Pública e Obras, “além de empresas terceirizadas de limpeza”. A companhia nega o emprego de adolescentes no lugar de grevistas.