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Autor de tiroteio no Canadá queria passaporte para Líbia

Autor de tiroteio no Canadá queria passaporte para Líbia Autor de tiroteio no Canadá queria passaporte para Líbia Autor de tiroteio no Canadá queria passaporte para Líbia Autor de tiroteio no Canadá queria passaporte para Líbia

Ottawa – A polícia do Canadá informou nesta quinta-feira que o ataque de Michael Zehaf-Bibeau pode ter acontecido em represália aos atrasos para a obtenção de um passaporte para a Líbia, solicitado pelo homem. Na última quarta-feira, Bibeau assassinou a tiros um soldado no Memorial da Guerra Nacional do Canadá, em Ottawa. Em seguida, Bibeau invadiu o parlamento canadense e efetuou disparos contra pessoas que estavam no local, onde acabou sendo morto por um soldado.

O homem de 32 anos era muçulmano e filho de um líbio. A demora para conseguir o passaporte estava ligada à sua ficha criminal, que continha registros de porte de armas e drogas, além de assaltos e roubos. Bibeau era usuário de crack e morava em abrigos para pessoas que vivem nas ruas, em Ottawa. Abubakir Abdelkareem, que vivia no albergue onde Bibeau ficou nas últimas semanas, disse que o homem estava sem usar drogas há três meses. “Ele dizia que, indo para a Líbia, iria ficar longe da tentação de usar o crack”, disse Abdelkareem. Porém, três dias antes do incidente, o colega de Bibeau percebeu que seu comportamento estava diferente. “Ele deixou de ser sociável e dormia durante o dia” contou. A mãe de Bibeau, Susan Bibeau, lamentou pelo ataque. “Você nunca pode explicar algo assim”, disse Susan. Ela vive em Vancouver e não via o filho há mais de cinco anos.

O crime aumentou os temores de que o Canadá esteja sofrendo represálias por aderir aos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos contra extremistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. No início da semana, um homem atropelou dois soldados em um estacionamento em Quebec, matando um e ferindo o outro antes ser morto a tiros pela polícia. Depois da tragédia no memorial, todos os membros das forças armadas canadenses foram obrigados a evitar o uso de seus uniformes em público quando não estiverem em serviço. Fonte: Associated Press.