Qual história vamos contar daqui pra frente?

Tudo indica que de todas as certezas para o ano de 2020, uma das poucas que restaram é que não temos todas as respostas e sempre temos o que aprender. Planos suspensos, cronogramas adaptados, eventos cancelados, distanciamento social e novos hábitos de um dia para o outro se mostraram testes de capacidade e resiliência.

Frases como “já vivi de tudo” ou “não tenho mais o que aprender” foram comprovadas equivocadas e mesmo quem não queria se viu obrigado a viver a nova realidade.

Em pouco tempo paradigmas antigos foram quebrados e novas formas surgiram com e sem prejuízo, bem como novos comportamentos nasceram e impulsionaram outras oportunidades. Também sentimos impactos negativos que infelizmente não se desfazem tão rapidamente. Mesmo que tudo “volte ao normal”, passaremos por um período de equalização e readaptação que não significa retornar ao que era antes.

Isso pode gerar uma avalanche de sentimentos paralisantes, piorando ainda mais o cenário delicado que muitos vivem. Por outro lado, se encaramos que as mudanças passam a ser o padrão, então nos desapegamos da construção de verdades absolutas e comportamentos repetitivos, e dedicamos tempo exercitando nossa flexibilidade e compreensão.

Isso é extremamente importante frisar pois, observado em detalhe, significa que tudo adiante é novidade para todos, e nisso se destaca a capacidade de se adequar aos novos cenários, lidar com mudanças, abraçar desafios e “aprender a aprender” com cada etapa do processo, colaborando com pessoas, habilidades e tecnologias distintas. Cresce portanto a importância de habilidades sócio emocionais: aquelas que pertencem a um grupo de competências que o indivíduo tem para lidar com as próprias emoções.

No campo físico e prático, se antes íamos a escritórios trabalhar, agora a flexibilidade de locais/horários e o trabalho remoto se tornaram cotidianos. Entregar resultado sem a necessidade de supervisão imediata requer uma autodisciplina ainda maior. O tempo que antes era gasto em idas e vindas no trânsito poderá servir para melhorar nossa qualidade de vida ou ser utilizado para obter renda extra.

Aprendemos a duras penas que nosso tempo nesta Terra é finito e não vale a pena desperdiça-lo com qualquer coisa que não faça sentido. Podemos perder tempo resistindo as mudanças ou investir tempo nos adaptando a elas – de toda forma elas irão acontecer.

Os seres humanos tem a capacidade de contar histórias, e nesta “folha limpa” a reflexão que fica é como vamos escrever nossa própria história daqui pra frente: individual e coletiva.

* artigo escrito por Rafael Ottaiano, fundador da Positiv Network.

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2 Respostas para “Qual história vamos contar daqui pra frente?

  1. Muito bom! Realmente estamos tendo a oportunidade de repensar e, por isso, rever hábitos. Que sejam mais conscientes daqui pra frente!!! Obrigada pela reflexão

  2. Muito, muito muito inspirador esse texto! Espero que assim como eu, outras pessoas também se sintam motivadas a “escrever” sua própria história de forma mais tranquila, se auto valorizando, buscando o bem estar e evolução. Parabéns pelo texto!

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