Veja como a tecnologia pode ajudar as mulheres a se protegerem contra a violência

No Brasil, a cada quatro horas uma mulher é vítima de violência

No combate à violência contra a mulher toda estratégia de enfrentamento deve ser aplicada sem medir esforços. Seja na prevenção, punição, educação, ou qualquer que seja a abordagem. É ou não é verdade?

A maior parte dos casos foi cometido por companheiros ou ex-companheiros das vítimas e muitos desses casos são narrados com requintes de crueldade, lamentável.

Ainda estamos vivendo o contexto da pandemia e da crise socioeconômica, que deixam as mulheres ainda mais vulneráveis. São milhões de brasileiros desempregados e a falta de dinheiro atinge a virilidade do homem como provedor da casa e acaba desencadeando uma série de questões que levam a discussões, agressões e até mesmo à morte.

É de extrema importância que a internet não seja uma terra sem lei, principalmente com relação à proteção das mulheres, pois houveram muitas conquistas relativas à importunação e à perseguição, mas ainda existe muito trabalho a ser feito e muita violência a ser coibida no meio digital.

A tecnologia tem muito a contribuir na resolução desse problema social

Existem várias maneiras pelas quais a tecnologia pode ajudar a proteger as mulheres. Algumas delas incluem:

  • Aplicativos de segurança: existem muitos aplicativos de segurança disponíveis para smartphones que podem ajudar a manter as mulheres seguras. Esses aplicativos permitem que as mulheres compartilhem sua localização em tempo real com amigos ou familiares, alertem as autoridades em caso de emergência e até mesmo reproduzam sons de alarme para assustar possíveis agressores.
  • Dispositivos de segurança: alguns dispositivos de segurança, como alarmes de pânico, câmeras de segurança e fechaduras inteligentes, podem ajudar a proteger as mulheres contra assaltos ou invasões. Esses dispositivos podem ser facilmente instalados em residências ou locais de trabalho para fornecer um nível adicional de segurança.
  • Recursos de privacidade online: a tecnologia também pode ajudar as mulheres a proteger sua privacidade online. Isso inclui recursos como bloqueio de contatos indesejados, controle de privacidade em redes sociais e o uso de ferramentas de segurança para evitar o rastreamento e o monitoramento.
  • Educação e conscientização: a tecnologia também pode ser usada para educar e conscientizar as mulheres sobre questões de segurança e prevenção da violência. Existem muitos recursos online, como sites e aplicativos, que fornecem informações úteis sobre como se manter segura em diferentes situações.

É importante lembrar que a tecnologia é apenas uma ferramenta e não pode substituir medidas preventivas de segurança e ações imediatas em caso de emergência. As mulheres devem sempre estar cientes de seus arredores e tomar precauções para manter-se seguras em todos os momentos.

Linhas de apoio e recursos on-line

Existem muitas organizações e sites online que oferecem suporte emocional, orientação jurídica e outras informações importantes para mulheres que sofrem violência doméstica. Esses recursos podem ser acessados ​​de forma segura e anônima, o que pode ser crucial para as mulheres que têm medo de buscar ajuda.

https://www.mulhersegura.org/

Há também aplicativos de segurança disponíveis que podem ser baixados em um smartphone e usados para alertar familiares ou autoridades em caso de emergência. Esses aplicativos podem incluir recursos como alarmes de pânico, compartilhamento de localização em tempo real e recursos de chamada de emergência.

Circle of 6 é um aplicativo que permite acionar amigos e familiares em situações de risco. Ele permite enviar mensagens automáticas para até 6 pessoas registradas pela usuária, solicitando socorro em situações de risco ou apoio em situações desconfortáveis.

O app pode encaminhar a localização em tempo real da mulher, para que alguém possa buscá-la. Outra opção é o encaminhamento de uma mensagem pré-programada para que alguém ligue, evitando situações constrangedoras.

Life360 é possível criar “círculos de segurança” em que são registrados o contato de familiares, amigos, pessoas especiais, caronas, e irmãos, por exemplo. Esses círculos podem verificar a localização dos demais membros do grupo em tempo real, com a indicação das áreas de segurança.

Vale destacar que a localização só é ativada se o usuário desejar. Assim, as mulheres podem ativar a localização somente quando for necessário para garantir a chegada em determinado local, por exemplo.

O aplicativo permite registrar também contatos de segurança para acionar em situações de emergência.

Malalai ferramenta de segurança que permite indicar os pontos de risco e as melhores rotas para deslocamento nas cidades. Na prática, funciona como um Waze exclusivo para mulheres.

Todos os pontos são marcados pelas mulheres que podem indicar como é o movimento na rua, se há iluminação, postos policiais, prédios com porteiros, e ainda se houve casos de assédio na região.

Com essas informações, o Malalai define os trajetos mais seguros para as usuárias. A ferramenta também permite compartilhar a localização e o trajeto em tempo real com outras pessoas, na opção “Quero companhia”.

Além disso, é possível encaminhar mensagens a partir do próprio aplicativo para avisar amigos e familiares se chegou ao destino em segurança.

O aplicativo permite cadastrar ainda três contatos de emergência para enviar SMS, com um texto pronto e a localização em tempo real. Também é possível ativar o envio de mensagens de emergência caso o tempo previsto de deslocamento seja ultrapassado.

Lady Driver é uma ferramenta de transporte exclusivo para mulheres, que conecta clientes e motoristas na cidade de São Paulo. O app busca ampliar a segurança e o conforto para o deslocamento de mulheres e incentivar o aumento de motoristas mulheres na plataforma.

De acordo com os idealizadores do Lady Drive, no Brasil a maioria dos passageiros de aplicativos móveis são mulheres, enquanto que a maioria dos motoristas são homens.

Entre as razões para esse desequilíbrio, está o próprio medo de sofrer situações de abuso ao trabalhar como motoristas dos aplicativos de transporte mais populares.

DEAMs – Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher

São unidades especializadas da Polícia Civil para atendimento às mulheres em situação de violência. As atividades das DEAMs têm caráter preventivo e repressivo, devendo realizar ações de prevenção, apuração, investigação e enquadramento legal, as quais dever ser pautadas no respeito pelos direitos humanos e pelos princípios do Estado Democrático de Direito. Com a promulgação da Lei Maria da Penha, as DEAMs passam a desempenhar novas funções que incluem, por exemplo, a expedição de medidas protetivas de urgência ao juiz no prazo máximo de 48 horas.

O estado do Espírito Santo conta hoje com 13 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Viana, Guarapari, Aracruz, São Mateus, Linhares, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, Nova Venécia e Venda Nova do Imigrante).

Divisão Especializada de Atendimento à Mulher: (27) 3227-9410. Av. Nossa Senhora da Penha, 2270, Santa Luiza, Vitória.

Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher

  • Aracruz: (27) 3256-8186 – Rua Padre Luiz Parenze, 1333, bairro Centro, Aracruz. CEP: 29190-058
  • Cachoeiro de Itapemirim: (28) 3155-5080 ( Delegacia Regional) – Rua 25 de Março. Nº 126. Centro, Cachoeiro Cep 29.300-000
  • Cariacica: (27) 3136-3118 – BR 262, Km 03, bairro Vera Cruz, Cariacica. CEP: 29146-797
  • Colatina: (27) 3177-7121 – Rua Benjamin Constant, 110, bairro Marista, Colatina. CEP. 29707-730
  • Guarapari: (27) 3262-7022 – Rua Santo Antônio, 313, Muquiçaba, Guarapari. CEP: 29200-000
  • Linhares: (27) 3264-2537 (Delegacia Regional) – Rua José Candido Durão, s/n, bairro 3 barras, Linhares. CEP: 29907-050
  • Nova Venécia: 27 3752-6108 – Av. Vitória, Nº 17- Nova Venécia. CEP 29830-000.
  • São Mateus: (27) 3767 8135 (Delegacia Regional) – Endereço: Rua Eurico Sales, nº 1221 – 1º andar – Bairro Boa Vista – São Mateus – CEP 29931-450
  • Serra: (27) 3328-7217 (27) 3328-2869 – Rua Sebastião Rodrigues Miranda, 49, bairro Boa Vista II, Serra. CEP: 29161-027
  • Venda Nova do Imigrante:  (28) 3546 1124 – Rua 29 de Junho, Nº 1945. CEP 29375-000
  • Viana: (27) 3255-1171 (27) 3255-3095 – Avenida Levino Chacon, 149, Centro, Viana. CEP
  • Vila Velha: (27) 3388-2481 – Rua Luciano das Neves, 430, Prainha, Vila Velha. CEP: 29123-000
  • Vitória: (27) 3137-9115 – Av. Nossa Senhora da Penha, 2270, Santa Luzia, Vitória.

Funcionamento 24 horas
Delegacia de Plantão Especial da Mulher da Região Metropolitana (PEM): (27) 3323-4045 R. Hermes Curry Carneiro, 350 – Ilha de Santa Maria, Vitória – ES, 29051-210

Casa Abrigo Estadual

A Casa Abrigo Estadual “Maria Cândida Teixeira” (CAES) é atualmente o único equipamento de alta complexidade para proteção da mulher em risco iminente de morte devido à situação de violência doméstica e familiar.

Além das mulheres, acolhe também seus filhos menores de 14 anos e incapazes em local sigiloso e por tempo máximo de 03 meses. No local são oferecidos atendimento médico, jurídico e psicossocial às mães e filhos, além de acompanhamento pedagógico e recreação para as crianças. O encaminhamento das mulheres à CAES é realizado apenas pelas Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher e Centros de Referência, em acordo com regimento interno da Casa. Desde sua criação, a CAES já abrigou mais de 1000 pessoas.

Considere usar dispositivos de segurança em casa

Câmeras de segurança, alarmes de invasão e fechaduras inteligentes podem ser instalados em casas para aumentar a segurança das mulheres que sofrem violência doméstica. Esses dispositivos podem ser configurados para alertar as autoridades ou amigos em caso de atividade suspeita.

Em alguns casos, os tribunais podem ordenar que os agressores usem dispositivos de monitoramento eletrônico, como braceletes GPS, para garantir que eles estejam seguindo as condições de sua liberdade condicional ou medidas protetivas.

Disque Denúncia 181 o serviço pode ser acessado também na internet

Manter o anonimato de quem denuncia. Esta é a principal característica do serviço Disque-denúncia (181). Através deste número a população pode denunciar qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajude as polícias na elucidação de delitos ou infrações.

O Disque-denúncia bate recorde de ligações a cada mês e demonstra a credibilidade da população em relação ao serviço que ajuda as autoridades policiais a combater ilegalidades, além de contribuir para integração entre os cidadãos e a polícia.

Os resultados positivos demonstram a disposição da população em não mais aceitar a impunidade e a omissão, fazendo com que graças às suas informações, a atividade ilegal em nosso Estado seja para quem a pratica, cada dia mais difícil, perigosa e mais cara.

Agora, o serviço pode ser acessado também na internet, pelo site: https://disquedenuncia181.es.gov.br/.

A conscientização pública sobre a violência contra as mulheres é fundamental. Isso inclui campanhas de sensibilização, debates e fóruns para discutir o problema. É importante que o governo adote políticas eficazes para prevenir e combater a violência contra as mulheres. Isso pode incluir leis que criminalizem a violência de gênero, serviços de apoio às vítimas, serviços de saúde e políticas de igualdade de gênero.

As mulheres precisam se sentir seguras e encorajadas a denunciar a violência que sofrem. É importante que haja canais de denúncia acessíveis e confiáveis, além de serviços de apoio e justiça para as vítimas.

É preciso mudar a cultura que tolera a violência contra as mulheres. Isso inclui desafiar atitudes e comportamentos que perpetuam a violência e promover valores de igualdade, respeito e dignidade.

Essas medidas podem ajudar a prevenir e reduzir a violência contra as mulheres, mas é importante lembrar que a luta contra a violência de gênero é contínua e requer um esforço constante e coletivo.

 

 

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