Sinal analógico versus sinal digital

O governo brasileiro estabeleceu um cronograma de desligamento do sinal analógico para o novo sinal digital de televisão, que começou em 2016, tendo este várias fases até a sua conclusão em 2018 para todo o território brasileiro.

O Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União (DOU) uma lista contendo as localidades que vão aderir ao desligamento da transmissão analógica de televisão. Para o Estado do Espírito Santo, o desligamento programado para 25 de outubro deste ano ocorrerá nos municípios de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.

Mas qual é a diferença entre o “velho” sinal analógico e o novo sinal digital de televisão?

Para os telespectadores, podemos afirmar que a diferença básica é o tipo de transmissão. O sinal analógico tem o seu sinal de TV terrestre transmitido em frequência VHF (Very High Frequency), enquanto o novo sinal digital é transmitido em frequência UHF (Ultra High Frequency).   

Vale ressaltar que este novo sistema de televisão digital adotado pelo Brasil tem como base o padrão usado no Japão, com algumas inovações nos padrões de codificação do sinal de vídeo e áudio e na interatividade. Essas inovações tornaram o sistema brasileiro de televisão digital (SBTVD) um dos melhores do mundo.

Na nova transmissão digital, não há perda de qualidade de áudio ou vídeo, mantendo, assim, 100% da qualidade do sinal original de transmissão, eliminando chuviscos, imagens distorcidas’ e várias interferências de recepção que normalmente fazem parte do sistema de transmissão analógico.

Com a qualidade de som e imagem muito superior, a TV digital também possibilita a transmissão de televisão em alta definição (HDTV) com o aspecto de tela 16:9 (Widescreen) e de 1.080 linhas horizontais de resolução vertical (1.920 x 1.080 pixels).

Já as televisões analógicas possuem tecnologias mais antigas de transmissão de dados, que atingem uma resolução máxima de até 525 linhas (720 x 480 pixels) – o chamado sinal de definição standard (SD). Também conhecidas como TVs “de tubo”, elas possuem um formato de imagem quadrada de 4:3 e com qualidade bem inferior.   

Um outro importante vetor dessa transição é a interatividade disponível aos telespectadores e usuários do novo sinal digital. Uma vez que o telespectador habilitar a sua TV para o sinal digital, entre outras opções, poderá obter através de seu controle remoto várias informações adicionais na tela, como ter acesso à grade de programação da TV, ver os diversos dados do seu programa etc. Essa utilização de interatividade, no entanto, poderá depender do tipo de televisor: é necessário que ele contenha o selo DTVi (normalmente TVs fabricadas no Brasil a partir de 2013).

Para o sistema brasileiro de TV digital, as novas TVs disponíveis no mercado já estão habilitadas para esse novo sistema, sem necessidade de qualquer outro equipamento. No entanto, para quem possui televisores de tubo ou TVs que foram fabricados no Brasil antes de 2010, será preciso ter os equipamentos adequados para a recepção do sinal, como uma antena e um conversor digital, que poderão ser acoplados à TV, ou uma TV com conversor já integrado.

De nosso lado, a Record TV e a Rede Vitória empenharam novos investimentos e tecnologias que formam parte de ações audaciosas para que pudéssemos acompanhar a evolução digital e, assim, melhor servir o grande público capixaba.  

Resumindo, com este novo sinal digital, os nossos respeitados telespectadores do Espírito Santo continuarão a ter acesso ao melhor da TV aberta brasileira em alta qualidade de som e imagem, e tudo isso de forma  gratuita!  

Marcus Vinicius Vieira
CEO do Grupo Record

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