O Terceiro Setor e a Captação de Recursos

Por Ana Cláudia Simões

Quanto mais se agrava a situação de mazelas sociais provocadas pela pandemia de COVID 19, que trouxe consequências maléficas para a saúde física, mental e socioeconômica da população mundial, mais serão necessários os projetos sociais realizados por entidades da Sociedade Civil Organizada e consequentemente mais necessidades terão estas instituições de captar recursos para sustentabilidade de seus projetos.

O problema é que nesta lógica, o recurso também ficou mais escasso para os potenciais financiadores públicos e privados e por lógica a disputa será cada vez mais acirrada, visto que serão muitos projetos e demandas pleiteando o mesmo ou menor volume de dinheiro. Diante deste cenário de probabilidades pessimistas, quais serão as atitudes que poderão fazer a diferença para o sucesso de algumas entidades do Terceiro Setor?

A primeira atitude saudável seria listar exaustivamente todas as possibilidades de captação de recursos conhecidas. Alguns exemplos: apresentação de projetos a investidores privados; concorrer a chamamentos públicos; apresentar projetos e justificativas a pequenas e médias empresas do entorno da instituição; divulgar dados bancários da instituição e objetivos do projeto para receber doações; realizar prestações de serviços e pequenos comércios; realizar capacitações on line; realizar ações virtuais entre amigos; alcançar certificação CEBAS para reduzir encargos sociais; buscar e inscrever-se em editais internacionais; realizar eventos on line com venda de ingressos; etc

Aqui estão listadas ao menos 9 (nove) formas diferentes para tentativa de captação de recursos. A primeira dica é: tente todas para conseguir alguma! Inércia e existência de obstáculos não vão fazer com que os recursos apareçam. Muitas entidades reclamam de não conseguirem recursos para seus projetos sociais mas, ao serem questionadas quais das alternativas foram tentadas nos últimos meses, o silêncio indica que houve inércia. Para otimizar o tempo e as chances de captação, outra dica é ordenar as alternativas de estratégias de captação, considerando: expertise, equipe, investimento necessário, etc.

Mais uma importante estratégia é buscar voluntários e treiná-los para ações de captação de recursos: como abordar, o que apresentar, como equilibrar emoção e razão na hora de apresentar um projeto. A atenção e qualidade técnica na escrita do projeto farão a diferença na hora da escolha pelo financiador e o domínio da metodologia na apresentação oral também merece total atenção por parte da equipe técnica da ONG.

É possível então perceber que existem muitas variáveis para serem mapeadas e de certa forma dominadas para o sucesso na captação de recursos: listar possibilidades; ordenar as prioridades; ter recurso humano focado exclusivamente em captação de recursos; capacitar equipe de captação de recursos; escrever projetos com qualidade técnica; preparar equipe para apresentação oral do projeto. Planejadas e definidas todas estas etapas, a realização de um cronograma para cada uma delas é o próximo passo.

Se depois de tudo isso ainda houver dificuldade na captação de recursos para os projetos sociais, aí sim será hora de reavaliar e descobrir onde aconteceram falhas ou fragilidades e iniciar novo planejamento. O problema contemporâneo é ter recurso escasso e paradoxalment4e planejamento inexistente, incompleto ou inadequado. Vamos mudar esse cenário? Se permanecer em dúvida, entre em contato conosco: 99257 4774

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