*Artigo escrito por Fábio Ruschi
As mudanças cada vez mais impactantes e velozes no mundo corporativo dos nossos dias nos desafiam enquanto profissionais de Comunicação, Marketing, Publicidade ou como gestores de uma forma mais ampla.
Lulu Santos já cantava no passado, mas hoje, mais do nunca, vivemos o “tudo muda o tempo todo no mundo” e, nesse contexto de transformação, nos é entregue a missão de criar, gerenciar, administrar, engajar e encantar.
Somos convidados – ou talvez, intimados –, a cada novo dia de trabalho, a abandonar zonas de conforto em busca de soluções inovadoras e criativas, capazes de nos trazer resultados mais efetivos em vendas, em relacionamento com as marcas, em reputação e imagem.
A boa e a má notícia são uma só: não há uma fórmula mágica ou uma receita de bolo que seja capaz de dar conta da complexidade das demandas, plataformas e públicos.
O caminho é o olhar atento, reflexivo, aberto ao aprendizado e à troca de experiências que se constrói a partir do estudo, da pesquisa e da curiosidade. E acreditar nisso nos manteve firmes no projeto de trazer a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) para Vitória.
Com mais de 70 anos de história, a instituição tem exatamente o que mais precisamos nesse momento de rupturas: ao invés de criar abismos entre a academia e o mercado de trabalho, a ESPM sempre buscou ser ponte, e não é à toa que o primeiro MBA oferecido no Espírito Santo, inédito no portfólio da escola, tem como tema Negócios Disruptivos e Marketing.
Como bem disse o professor Marco Aurélio Rodrigues, docente e pesquisador do Mestrado em Gestão de Economia Criativa da ESPM-RJ, com mais de 20 anos de experiência profissional em empresas de marketing e publicidade, que esteve em Vitória para ministrar a master class do curso, o conceito de disrupção remete à ideia de transformar o que está posto. E é nesse contexto que o curso oferecido pela ESPM em Vitória pretende caminhar: oferecendo aos líderes a oportunidade de aprender, conhecer, refletir, dialogar, criar e inovar.
Na aula master, Marco Aurélio brincou, muitas vezes, com o bordão “Ninguém respeita mais nada. Tem que por ordem nessa bagunça” para demonstrar o quanto os papéis de um profissional e de uma empresa já não cabem mais dentro de caixas, num mundo em que as fronteiras “do quem faz o que” deixam de existir.
O varejista que produz conteúdo para streaming, a nova rede social que surge e mobiliza milhões em 24 horas, o comercial produzido por inteligência artificial que gera comoção e polêmica nas redes, a live que reúne 13 milhões dentro de um jogo de videogame, o banco digital que garante merchandising no telejornal tradicional, os veículos de imprensa que ganham novos papéis e resgatam sua importância em tempos de fake news e de audiência difusa… E esses são só alguns dos exemplos recentes das mudanças que, se trazem desafios, trazem também um universo de possibilidades e descobertas.
Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo: a vida lá fora quer de nós coragem para mergulhar no novo e crescer com ele. O convite está feito e a provocação, também.
Fábio Ruschi é publicitário e atua na área de Educação Executiva da ESPM