Cemitérios para pets: mais conforto na hora da partida

Quando escolhemos um novo filho de quatro patas para dividir o lar, é normal que as únicas preocupações sejam muito carinho, mimo e interação com os bichinhos. Por esse motivo, comumente não sobra tempo para pensar numa realidade que infelizmente faz parte da trajetória entre o pet e os donos: o momento da despedida. Como o tempo de vida médio deles é bem menor que o dos donos, chega o momento de guardar na memória todos os dias vividos com a companhia deles e, por mais difícil que seja, é preciso pensar ainda nos procedimentos que sucedem a perda. Para isso, há a opção dos cemitérios de animais, que em geral prestam o serviço completo necessário para o enterro e, algumas vezes, incluem também a opção de realizar cerimônias em homenagem a eles.

Atualmente, aquela opção de enterrar os animais no quintal de casa já não pega tão bem, para a própria preservação da saúde dos moradores do lar. Corpos em decomposição podem contaminar solos e água, especialmente em caso de mortes causadas por doenças contagiosas, e o mesmo vale para descarte em lixo comum: nem pensar! No Espírito Santo, diante das opções de serviço disponíveis, as providências indicadas geralmente são deixar o corpo do animalzinho que se foi na própria clínica veterinária para a retirada pela prefeitura (no caso de pets que estavam passando por acompanhamento), ou a procura do serviço funerário para pets, que se limita a apenas uma empresa particular especializada, o Cemitério Arca de Noé, localizado na Serra.

É por esse motivo que a notícia divulgada esta semana no Folha Vitória (leia aqui) de um novo projeto de lei encaminhado na Câmara de Vereadores da Serra pelo vereador Roberto Catirica (PHS) chega em ótima hora. O projeto propõe um cemitério público exclusivo para cães e gatos, que realizará o recolhimento apenas para animais desse município com uma taxa bem menor que o investimento necessário atualmente para quem deseja realizar os procedimentos funerários (os custos chegam na casa dos R$ 600,00). Além de considerar a questão da afetividade que os donos desenvolvem com seus pets e a importância dada por muitos deles para as homenagens, o vereador lembra ainda que se trata de uma questão de saúde pública.

O que a gente deseja é que esta proposta sirva de inspiração para a criação de novos projetos de lei que consideram a questão como relevante e reconheçam que, sim, é um problema a ser pensado! Estudos de 2015 do IBGE comprovaram uma média de 1,8 cachorro por domicílio com cachorros no Brasil (veja mais detalhes); como todos esses animais serão tratados depois que for a hora de partirem? O estado precisa de mais iniciativas como essa.

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