Artigo: Eu me aceito do jeito que eu sou!

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Quando a gente não se aceita do jeito que é, tende a não aceitar os outros também. Esse é o problema. Se estamos em guerra com nós mesmos, estaremos em permanente litígio com a vida, torcendo o nariz para tudo e todos. 

Aceitar a si mesmo é estar alinhado com o propósito Divino e descartar definitivamente a possibilidade de Deus ter se enganado na hora em que nos criou. 

Cada um de nós é do jeito que precisa ser, não houve erro na fabricação de ninguém. Se eu não me aceito do jeito que Deus me fez, significa que estou em discordância com o Criador, achando que eu faria melhor do que Ele. Faz sentido isso? 

Somos peças de uma grande engrenagem, cada um tem um papel fundamental para o bom funcionamento da grande máquina que nós conhecemos como mundo. 

Ninguém é mais ou menos importante, somos todos necessários do jeito que somos, insubstituíveis aos olhos de Deus. Há momentos, no entanto, em que nos esquecemos do propósito Divino e nos achamos incapazes, incompletos, inadequados, um ser humano de segunda categoria. 

Essa baixa autoestima é desastrosa, porque ela é paralisante, engessa toda a nossa capacidade de sonhar e realizar. 

Enquanto algumas pessoas experimentam esse sentimento num nível superficial, outras podem experimentá-lo num nível tão profundo que deixam de evoluir. 

Quando isso acontece, a pessoa deixa de crescer com as oportunidades da vida, começa a se anular e, em última instância, pode desistir da existência.

Se esse sentimento de rejeição não for dissolvido, nenhum tratamento surtirá efeito, nenhum novo aprendizado será adequadamente integrado, nenhum avanço significativo acontecerá, porque a pessoa estará totalmente trancada, fechada para qualquer nova experiência de vida. 

Inconscientemente, essa pessoa faz a escolha pela infelicidade e assim será por toda a sua vida. 

Um desejo da mente, mesmo que inconsciente, é uma ordem para o cérebro. 

Ele executa com perfeição tudo que é ordenado. 

Muitas vezes, anos de terapia não trazem resultados efetivos enquanto a pessoa não aprende a se aceitar do jeito que é. Ela olha no espelho e deseja ser outra pessoa, passa a ser uma alma frequentando um corpo estranho, almejando ser o que não pode ser. Não pode existir conflito maior do que esse. 

A primeira coisa a fazer para reverter esse processo é entender que não existe erro no plano maior da existência, Deus sabe exatamente o que está fazendo. 

Por trás de todas as ações humanas existe um propósito, uma oportunidade de crescimento. 

Nada acontece por acaso e nem aleatoriamente. O foco do universo é a nossa evolução. 

A segunda coisa é compreender que cada um de nós constrói a sua própria realidade através dos pensamentos, sentimentos e ações. 

Deus não participa disso, Ele não interfere no nosso livre arbítrio. O que Deus programou para mim foi a felicidade plena, mas se eu decidir pela infelicidade, tudo bem, tenho total direito e liberdade para experimentar a dor. 

A terceira coisa é aprender a dar boas vindas a todas as energias que chegam, tanto as positivas quanto as negativas. 

Quando resistimos a uma emoção, a tendência dela é crescer dentro de nós. É preciso aceitá-la, observá-la atentamente, compreender o recado que ela nos traz e só depois nos libertarmos dela. 

Em outras palavras, se estou tendo pensamentos perturbadores, tudo bem, eu aceito que estou tendo esses pensamentos sem fazer drama. Não resisto a eles e aceito a realidade de minha experiência. 

Se é raiva ou medo que estou sentindo, posso dizer para mim mesmo(a): tudo bem, é normal sentir raiva ou medo. Eu aceito com boa vontade a realidade da minha experiência.

Se estou desencorajada diante das situações da vida, posso reconhecer isso e, após aceitar essa falta de coragem, posso me perguntar: “ O que eu quero no lugar disso?”. Então, posso criar um estímulo interno que me leve a buscar uma ajuda. 

O primeiro passo pode ser algo tão simples como pegar o telefone e ligar para um amigo.

Nas profundezas dessa dor posso refletir e me perguntar: o que eu estou criando para minha vida agora? O que eu realmente quero? 

Eu posso assumir a minha total responsabilidade sobre este sentimento negativo e utilizar essa mesma força que criou a dor para criar algo mais harmônico com a minha natureza, com o meu Eu Superior. A escolha vai ser sempre minha. 

Portanto, dependendo do que nós pensamos, falamos ou acreditamos, somos suporte para nós mesmos ou nos tornamos nossos maiores adversários. 

Tudo tem uma consequência que interfere no nosso comportamento diante de nós mesmos e da vida. 

Uma vez ouvi uma metáfora de um velho amigo que me encorajou acreditar em mim e mudar meu ponto de vista naquele momento. Ele comentava: 

“Às vezes, nós seres humanos nos comportamos na vida como verdadeiros mendigos, sentados num tesouro e pedindo esmolas.” 

Na Programação Neurolinguística, esse tesouro é identificado como Recursos Internos. 

Um dos pressupostos da PNL é: “Nós temos todos os recursos que precisamos para fazer qualquer mudança em nossa vida e para ser feliz”. 

Ou seja, diante de qualquer desconforto emocional, a atitude mais inteligente é vasculhar a própria alma para identificar o que está nos tirando a paz. Um pouco de silêncio interno e externo é suficiente para nos fornecer a resposta. 

Os recursos internos estão disponíveis para todos, mas para acessá-los é necessário cessar os barulhos e mergulhar no mais profundo silêncio. 

A coisa não é mental, é espiritual, tem a ver com o coração, não com o cérebro. 

A pessoa que aprendeu a gostar de si enxerga o mundo com os olhos de uma criança, vê beleza em tudo, vive intensamente todas as emoções – se é para chorar, chora com força; se é para sorrir, dá boas gargalhadas. 

Ela não resiste e nem se apega a nada, por isso vive com felicidade. 

Importante mesmo é a gente se olhar todo dia no espelho e dizer em alto e bom som: eu me amo e me aceito do jeito que sou! Deus me ama e me aceita do jeito que sou! Se o mundo não tem a mesma opinião, que se dane o mundo. 

Afinal, não tenho tempo para perder, não me ocupo com bobagens, tenho pressa de ser feliz!

4 Respostas para “Artigo: Eu me aceito do jeito que eu sou!

  1. Parabéns pelo site. Os artigos de vocês tem me ajudado muito como profissional. Atendo aqui em Planaltina Goiás e gosto de ler sobre tudo da minha atividade.

  2. Não consigo fazer na prática o que me incomoda …..não consigo me livrar do que me.incomoda …..uma força me prende ….vivo em uma prisão domiciliar terrivel …..

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