Pouco sexo é sinal de desinteresse?

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Parece brincadeira, mas a relação sexual, na maioria das vezes, passa por algumas fases (desejo, excitação e orgasmo), e muitos casais acreditam que perderam o interesse mútuo, mas na verdade pode ser apenas perturbação de alguma dessas fases, por exemplo a dificuldade em adquirir ou manter um estado de excitação sexual adequada até a consumação da atividade sexual, frequentemente expressa pela ausência ou diminuição da lubrificação no órgão genital feminino, muitas vezes causada pela hipoatividade do desejo. Pode ser ocasionado por alterações endocrinológicas, por exemplo, na amamentação e menopausa, assim como algumas doenças crônicas como a diabetes, doenças da tireóide, ou mesmo o uso de determinados medicamentos e tabagismo.

Outra situação bem comum, são quando fatores psicológicos como ansiedade, estresse e depressão, estão presente e também podem contribuir. Devemos estar atentos, pois nem tudo é falta de interesse, em tempos de crises financeiras, desemprego, pandemia, filhos pequenos ou adolescentes, podem levar a uma rotina conjugal, onde se torna comum alterações de ordem relacional, como a falta de estimulação adequada do indivíduo, ou mesmo uma dificuldade de comunicação entre as partes. Por isso nunca devemos julgar o outro, muito mais fácil é ter uma simples conversa para entender ou pelo menos tentar entender o que está acontecendo, do que iniciar um ciclo de brigas e acusações.

Existem várias alterações na área da sexualidade, uma bem comum, é a dificuldade ou incapacidade persistente ou recorrente de atingir o ápice do prazer (orgasmo), após uma fase normal de excitação sexual. Geralmente ligada a algumas doenças neurológicas, alterações hormonais, uso de determinados fármacos, álcool e consumo de algumas drogas, ou mesmo a traumas e bloqueios em relação à atividade sexual, são alguns dos fatores que podem influenciar negativamente esta fase.

E essa questão do trauma é muito mais comum do que podemos acreditar, e na maioria dos casos não tem relação alguma com o/a parceiro(a) atual, e esse trauma pode até levar a uma dor na zona genital ou pélvica que chega impedir a relação sexual (sinal que pode haver uma disfunção sexual). Sabendo que a dor pode ocorrer antes ou após a relação sexual, ou até mesmo durante o momento máximo de prazer.

O que devemos ficar alerta é que nem todos os indivíduos tem todo esse prazer e desprendimento sexual como a maioria relata, as vezes a ansiedade para consumar a relação, ou para vivenciar uma situação fora do âmbito sexual, podem gerar bloqueios inconscientes nessa área. A depressão também é algo que devasta toda a sexualidade do ser humano, seja pela desmotivação ou por questões medicamentosas. Tudo isso pode haver associação com trauma sexual prévio, sentimento de culpa ou atitudes negativas em relação ao sexo, ou não.

Uma conversa a dois, pode ajudar a esclarecer vários detalhes e ajudar o outro(a) a te entender melhor, caso não consiga, de fato manter o diálogo, se faz necessário uma avalição e/ou orientação de um profissional especializado, pois o exame físico e emocional minucioso, com identificação das áreas dolorosas, inspeção detalhada para verificar alterações da anatomia e a presença ou não de lesões vulvares, e/ou psicológicas, na maioria das vezes, demonstra a causa. Por isso não perca mais tempo, 95% das disfunções sexuais tem cura.

Sempre com novidades no @virginia.pelles