Ansioso, com medo da morte ou solitário? Toma um livro que passa!

Autoras: Ella Berthoud e Susan Elderkin

Editora: Verus

Páginas: 378

Ano: 2016

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Eu trouxe um dado alarmante, olhem só: um estudo do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram desde o início da quarentena. Entre março e abril, dados coletados online indicaram que o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8,0%, enquanto para os quadros de ansiedade o índice foi de 8,7% para 14,9%.

E quem vocês acham que apresentou mais casos de depressão e ansiedade: quem ficou em casa ou quem precisou trabalhar? Segundo o coordenador da pesquisa, aquelas que precisaram sair de casa para trabalhar diariamente foram as que apresentaram os maiores níveis de adoecimento mental. Que coisa, hein?

Outros fatores de risco para ansiedade: mulheres, alimentação irregular, doenças preexistentes, ausência de acompanhamento psicológico, sedentarismo e necessidade de sair de casa para trabalhar. Para a depressão, as causas apontadas foram: idade mais avançada, ausência de crianças em casa, baixo nível de escolaridade e a presença de idosos no ambiente doméstico.

Mas o que esses dados têm a ver com este querido blog que fala sobre livros? Então, acontece que uma boa história ajuda a aliviar depressão, ansiedade e outros problemas de saúde, principalmente emocionais. Eu já sabia disso, mas agradeço às autoras inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que falaram melhor sobre esse tema no livro Farmácia Literária.

A publicação traz 200 males dos mais diversos, desde solidão e medo da morte a medo de receber visitas para um jantar em casa. Eles foram divididos em ordem alfabética e para cada um há um tipo de leitura.

Enquanto as autoras estudavam o curso de Literatura na Universidade de Cambridge, elas criaram um tipo de biblioterapia, uma terapia através dos livros. A coisa ficou tão séria que virou política de saúde pública no Reino Unido e desde 2013, pacientes com doenças psiquiátricas recebem indicações do que devem ler direto do especialista. Aí pegam a receita e vão à biblioteca pegar os livros emprestados.

Alguns exemplos da Farmácia Literária: Quem se acha covarde deve ler O sol é para todos (por acaso, um livro que eu não li justamente porque me falta coragem, rs). Já quem está com medo da morte deve ler Cem anos de solidão, de Gabriel García Marques, e por aí vai. O livro só traz dicas de ficção, não tem autoajuda nem biografia. Então hoje, em vez de trazer uma dica, eu trouxe 200. Meu medo é que eu provavelmente vou querer comprar mais 200 livros. Vou colocar pelo menos uns 190, porque alguns eu já devo ter aqui em casa.

Aproveita para ver a resenha que eu fiz do livro O Peso do Pássaro Morto, da Aline Bei. Tá top!

Vou começar a ler a farmácia Literária em breve. Que tal ler comigo? Vamos fazer uma leitura compartilhada e trocar figurinhas sobre as sugestões que já lemos?

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