Geral

Bolsonaro foi ao STF em 2013 para pedir suspensão do programa Mais Médicos

Bolsonaro foi ao STF em 2013 para pedir suspensão do programa Mais Médicos Bolsonaro foi ao STF em 2013 para pedir suspensão do programa Mais Médicos Bolsonaro foi ao STF em 2013 para pedir suspensão do programa Mais Médicos Bolsonaro foi ao STF em 2013 para pedir suspensão do programa Mais Médicos

Quando deputado federal e ainda pertencia ao PP-RJ, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) protocolou uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da medida provisória (MP) editada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) que criou o programa Mais Médicos. Bolsonaro chegou a pedir que fosse concedida uma liminar para suspender a medida provisória.

O governo cubano informou nesta quarta-feira, 14, que está se retirando do programa social Mais Médicos do Brasil após declarações “ameaçadores e depreciativas” do presidente eleito, que anunciou mudanças “inaceitáveis” no projeto.

O programa Mais Médicos tem 18.240 profissionais – sendo 11 mil cubanos, segundo o governo do país caribenho – em 4.058 municípios, cobrindo 73% das cidades brasileiras.

Na ação, protocolada em julho de 2013, o parlamentar fez uma série de críticas à MP. Ele já contestava a não exigente da revalidação do diploma para que um estrangeiro exerça a profissão no Brasil.

Na época, o então deputado argumentava que o programa é complexo e deveria ter sido amplamente discutido com os profissionais de saúde.

Bolsonaro também criticava a proposta ao afirmar que tratou apenas do trabalho dos médicos, desconsiderando que o atendimento a pacientes envolve profissionais de diferentes áreas da saúde.

Cuba tomou a decisão de solicitar o retorno dos mais de 11 mil médicos cubanos que trabalham hoje no Brasil depois que Bolsonaro questionou a preparação dos especialistas e condicionou a permanência no programa “à revalidação do diploma”, além de ter imposto “como via única a contratação individual”.

“Não é aceitável que se questione a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos colaboradores cubanos que, com o apoio de suas famílias, presta serviços atualmente em 67 países”, declarou o governo cubano.