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Boris Johnson não descarta medidas mais restritivas com avanço da pandemia

O chefe do governo britânico acredita que a situação só vai melhorar a partir do segundo trimestre, com a aceleração no programa de vacinação

Boris Johnson não descarta medidas mais restritivas com avanço da pandemia Boris Johnson não descarta medidas mais restritivas com avanço da pandemia Boris Johnson não descarta medidas mais restritivas com avanço da pandemia Boris Johnson não descarta medidas mais restritivas com avanço da pandemia
Foto: Theresa May Andy Rain/EPA

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson afirmou que a situação do Reino Unido é “grave” em relação à pandemia do novo coronavírus e não descartou um acirramento nas medidas de restrição social em algumas partes do país nas próximas semanas, disse em entrevista para a BBC. Ele espera que a situação só vai melhorar a partir do segundo trimestre, com a aceleração no programa de vacinação.

“Obviamente há um enorme leque de medidas mais restritivas que nós temos que considerar, mas não vou especular sobre o que pode ou não acontecer agora”, falou, descartando um novo ‘lockdown’ nacional para evitar o que ele chama de “consequências colossais” para a economia britânica. Johnson apontou o País de Gales, que paralisou as atividades econômicas em setembro, o que não impediu o avanço do vírus no curto prazo.

O chefe de governo britânico espera uma aceleração no programa de vacinação a partir desta semana, com a entrada no sistema de saúde de mais de 500 mil doses do imunizante criado pela Oxford/AstraZeneca, mas ainda não deu detalhes de como chegar a meta de vacinar dois milhões de pessoas semanalmente, o necessário para controlar a pandemia. “Estamos trabalhando sem parar e te garanto que vamos vacinar dezenas de milhões de pessoas nos próximos três meses.”

Johnson disse também que pretende continuar como primeiro-ministro com o fim do processo do Brexit e defendeu que a saída do Reino Unido da União Europeia vai trazer mais benefícios do que prejuízos à economia do país no longo prazo. “Podemos criar uma série de subsídios para reduzir o impacto das novas regras locais”, comentou, quando questionado sobre os programas de transição que foram criados para empresas britânicas adaptarem suas regulações.

O primeiro-ministro do Reino Unido também se posicionou contra a realização de um novo referendo sobre a independência da Escócia em meio às críticas dos habitantes do território sobre a saída da União Europeia. “Acho que os referendos precisam ser uma situação ‘ generacional’, tivemos um em 1979 e outro em 2014 que acabaram por decidir manter a Escócia na União, então está muito cedo para outro pleito”, disse.