Geral

Brasil ainda nega existência de racismo, diz ONU

Brasil ainda nega existência de racismo, diz ONU Brasil ainda nega existência de racismo, diz ONU Brasil ainda nega existência de racismo, diz ONU Brasil ainda nega existência de racismo, diz ONU

Genebra – O racismo no Brasil é “estrutural e institucionalizado” e “permeia todas as áreas da vida” no País. A conclusão é da ONU que, ontem, publicou seu informe sobre a situação da discriminação racial no País e concluiu que o “mito da democracia racial” ainda existe na sociedade brasileira e que parte dela ainda “nega a existência do racismo”.

A publicação do informe coincide com a volta do debate sobre o racismo no Brasil por causa da expulsão do Grêmio da Copa do Brasil por atos de sua torcida contra o goleiro Aranha, do Santos. Nesta semana, Pelé também causou polêmica ao minimizar o problema.

Mas as constatações dos peritos da ONU, que visitaram o Brasil entre os dias 4 e 14 de dezembro de 2013, são claras: os negros no País são os que mais são assassinados, são os que têm menor escolaridade, menores salários, maior taxa de desemprego, menor acesso à saúde, são os que morrem mais cedo e têm a menor participação do PIB. Mas são os que mais lotam as prisões e os que menos ocupam postos nos governos.

Para a entidade, um dos maiores obstáculos para lidar com o problema é que “muitos acadêmicos nacionais e internacionais e atores ainda subscrevem ao mito da democracia racial”. “O Brasil não pode mais ser chamado de uma democracia racial e alguns órgãos do Estado são caracterizados por um racismo institucional, nos quais as hierarquias raciais são culturalmente aceitas como normais”, destacou a ONU. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.