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Brasil planeja ser exemplo na produção de cacau sustentável

Para Fabiano Zettel, CEO da Moriah Asset, conscientização dos consumidores aumenta a demanda por produtos responsáveis ecológica e socialmente

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Foto: Divulgação/DINO

A regravação da novela Renascer, em exibição na Rede Globo — assim como sua primeira versão, em 1993 — tem como pano de fundo a importância ambiental e socioeconômica das plantações de cacau na Bahia. E o governo brasileiro decidiu elevar o fruto à condição de protagonista no cenário internacional. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) elaborou um plano para aumentar a produção de cacau para mais de 400 mil toneladas por ano até 2030 e reclassificar o Brasil como um dos principais fornecedores mundiais do fruto, não apenas em volume, mas também em qualidade e sustentabilidade na produção. Em 2023, 220 mil toneladas foram extraídas das florestas brasileiras.

A meta consta no Plano Inova Cacau 2030, lançado pelo Mapa — por meio da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) — e pela CocoaAction Brasil, iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF). O objetivo é consolidar o país como origem de cacau sustentável para o mundo, com foco na conservação produtiva, garantindo as condições de vida e trabalho em toda a cadeia.

“Nos últimos anos, o mercado de produtos naturais e orgânicos, como os derivados de cacau, tem experimentado significativa expansão no Brasil, impulsionado por uma crescente conscientização dos consumidores sobre os benefícios desses produtos para a saúde e o meio ambiente”, afirma Fabiano Zettel, CEO da Moriah Asset, empresa de investimentos que tem em seu portfólio a Haoma, companhia mineira que se notabiliza pela qualidade de seus chocolates.

Todo o cacau usado pela Haoma na produção de seus chocolates vem de fazendas e cooperativas certificadas. Para fazer parte da cadeia de fornecedores da empresa, os produtores precisam demonstrar compromisso com a oferta de condições de trabalho dignas aos trabalhadores e com a sustentabilidade ambiental, como preconiza o Plano Inova Cacau 2030, do Ministério da Agricultura.

A Haoma tem um processo de produção verticalizado, da amêndoa à barra (conhecido como bean to bar), para garantir a qualidade e a pureza de seus produtos. A torra é feita a temperaturas mais baixas, para preservar as características naturais do cacau, cultivado no Sul da Bahia. E todos os chocolates são feitos com apenas quatro ingredientes (nibs, manteiga de cacau, maltitol e lecitina de soja), sem a adição de açúcar ou conservantes.