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Brasileiros nos EUA se preparam para chegada de furacão Dorian

Moradores de Goose Creek e Myrtle Beach, na Carolina do Sul, estocaram mantimentos e planejam deixar estado. Trump declarou emergência

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Foto: Divulgação

O goiano Waldemar Junior, que vive no estado norte-americano da Carolina do Sul, está com as malas prontas para viajar de carro ao Tennessee — onde deve ficar, com a família, até o fim desta semana. Waldemar tem 33 anos e mora há cinco em Goose Creek — uma das cidades que podem ser alcançadas pelo furacão Dorian a partir desta terça-feira (3).

“Desde domingo (1º), percebemos o tempo mais escuro e o clima já mudou totalmente. No supermercado, também está mais difícil de encontrar alimento enlatado e água. Eu e minha família já temos tudo porque fiz a compra no fim da última semana”, aponta o brasileiro, em entrevista ao R7.

Waldemar, que administra uma companhia de limpeza, viu a demanda de clientes cair praticamente pela metade no início desta semana por causa da possível passagem do furacão.

Ele revela ter ficado especialmente preocupado depois de ver o estrago que Dorian — um furacão que chegou à categoria 5, a máxima na escala Saffir Simpson — causou nas Bahamas, onde ventos de até 322 km/h destruíram mais de 13 mil casas, segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha.

No Tennessee, o brasileiro, a esposa e os dois filhos — um menino de oito anos de idade e uma bebê recém-nascida — devem se hospedar em uma casa com outras 30 pessoas da cidade que também vão fugir da catástrofe, já que o governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, ordenou que a população se retirasse de oito condados litorâneos a partir do meio-dia local desta segunda-feira.

“Ele decretou que a cidade seja evacuada — isso significa que não posso depender de bombeiro, de polícia, de socorrista para sair. Tenho de ir a um lugar seguro por conta própria. As rodovias de entrada para Goose Creek foram isoladas. Só estão abertas as saídas da cidade”, diz.

A pouco mais de 160,6 km de Goose Creek, em Myrtle Beach, a mineira Marcia Fonseca também teve sua rotina alterada pela iminente chegada do furacão Dorian. “Eu moro a aproximadamente 15 minutos da praia. Minha casa fica em uma área de risco, mas a situação é ainda mais crítica para quem vive ao lado do mar — onde já há uma ordem de evacuação”, declara.

Trump declarou emergência

Para viabilizar o desembolso de fundos governamentais para desastres e evitar grandes catástrofes diante da passagem de Dorian, o presidente Donald Trump declarou emergência em quatro estados do país: Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul.