Geral

'Brasileiros têm direito de conhecer potencialidades', diz ministro sobre petróleo no Amazonas

‘Brasileiros têm direito de conhecer potencialidades’, diz ministro sobre petróleo no Amazonas ‘Brasileiros têm direito de conhecer potencialidades’, diz ministro sobre petróleo no Amazonas ‘Brasileiros têm direito de conhecer potencialidades’, diz ministro sobre petróleo no Amazonas ‘Brasileiros têm direito de conhecer potencialidades’, diz ministro sobre petróleo no Amazonas

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta segunda-feira, 7, em Belém, que a Petrobras possa investigar se há petróleo na Margem Equatorial, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, a cerca de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas. De acordo com Silveira, a população tem “direito” de conhecer os recursos disponíveis no País.

A negativa do Ibama à Petrobras para perfurar o local em busca de petróleo gerou uma crise no governo, opondo a área ambiental e a pasta de Minas e Energia. Silveira participa em Belém de reuniões que antecedem a Cúpula da Amazônia, que vai reunir representantes dos oito países detentores da Floresta Amazônica para discutir soluções de preservação para o bioma.

“Eu não tenho aposta, tenho uma convicção de que todos os brasileiros e brasileiras têm o direito de conhecer as suas potencialidades minerais seja de petróleo, gás, seja dos minerais críticos das terras raras”, afirmou o ministro.

A exploração de petróleo na Amazônia tem sido um dos temas dominantes nas conversas que antecedem a Cúpula da Amazônia. A ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad, defendeu que os países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) elaborem um plano progressivo para pôr fim à exploração do recurso no território.

Nesta segunda-feira, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também defendeu a redução de emissões por combustíveis fósseis e afirmou que somente acabar com o desmatamento não resolve o problema do planeta. O ministro de Minas e Energia negou, no entanto, que haja divergência entre membros do governo.

“Essas coisas têm de ser colocadas em formas extremamente equilibradas. Não há divergência no governo, o que há é um debate natural, onde vai se buscar um consenso. Tenho absoluta convicção que esse consenso será auferido de forma adequada”, disse.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado nesta segunda-feira, em Belém, se tentaria intervir no impasse entre o Ibama e a Petrobras, mas ironizou: “Você acha que eu vim aqui para discutir isso agora?”

*A repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade