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Campanha não freia risco independência na Escócia

Campanha não freia risco independência na Escócia Campanha não freia risco independência na Escócia Campanha não freia risco independência na Escócia Campanha não freia risco independência na Escócia

Edimburgo – A pressão dos principais partidos políticos da Grã-Bretanha, do setor financeiro e de líderes empresariais contra a independência da Escócia não surtiu efeito, segundo indicaram pesquisas divulgadas às vésperas do plebiscito sobre a secessão britânica. A votação será na próxima quinta-feira (18).

Um dia depois de os principais bancos do país ameaçarem transferir suas sedes de Edimburgo para Londres, pesquisas de opinião indicaram ontem um empate técnico, com 51% para o “não” e 49% para o “sim”, prolongando a incerteza sobre o futuro da União.

O fracasso da campanha de convencimento promovida pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, foi diagnosticado pelo jornal The Guardian, que na noite de sexta-feira (12) divulgou sondagem realizada pelo instituto ICM indicando mais um empate técnico. De acordo com essa pesquisa, 42% indicaram que votarão pelo “não”, enquanto 40% optarão pelo “sim”. Outros 17% não indicaram em que votarão ou se disseram indecisos. Contabilizados apenas os eleitores já decididos, o resultado ficou nos 51% contra 49%.

O empate persiste mesmo após a ofensiva promovida pelos três maiores partidos políticos da Grã-Bretanha – Conservador, Trabalhista e Liberal -, que nesta semana enviaram seus líderes a Edimburgo e ao interior da Escócia com o objetivo de mobilizar a opinião pública pelo “não”.

Em paralelo, os cinco maiores bancos escoceses anunciaram planos para trocar Edimburgo por Londres em caso de independência e empresários do ramo supermercadista advertiram para o risco de explosão inflacionária caso a secessão vença. Nesta sexta-feira (12), o presidente do Banco da Inglaterra, o banco central britânico, Mark Carney, voltou a advertir para o fato de que a libra esterlina não poderá mais ser usada pelos escoceses.

Nada disso, porém, parece ter dirimido a incerteza sobre o resultado final do referendo da próxima quinta-feira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.