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Campanha 'Sinal Vermelho' permite que mulheres vítimas de violência doméstica procurem ajuda em farmácias

A vítima pode usar uma caneta ou um batom vermelho para marcar um 'X' na palma da mão, para que o atendente ou farmacêutico, acione a polícia

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Foto: Divulgação

As mulheres vítimas de agressão agora podem buscar socorro em farmácias do Espírito Santo. A campanha ‘Sinal Vermelho’ busca estimular as denúncias de violência doméstica, que aumentaram durante o isolamento social.

O sinal vermelho, destaca para um basta. A comunicação entre a vítima e aquele que pode salvar a vida dela não precisa de palavras, nem expressões, o símbolo é um ‘X’ vermelho na palma da mão, está sendo divulgado em mais de 10 mil farmácias do país. No Espírito Santo, todas as grandes redes como Santa Lúcia, Pague Menos, Pacheco e Drogasil já aderiram a campanha. 

A vítima pode usar uma caneta ou um batom vermelho para marcar um ‘X’ na palma da mão, para o atendente ou farmacêutico, ligar para a polícia. Além disso, os funcionários das farmácias precisam compreender o sinal, através de treinamentos ou uma boa conversa entre o gerente e os atendentes. 

“Tem que ser bem discreto, chamar a vítima em um canto e pegar o telefone ou endereço. Para tomarmos todas as providências e ligar para a polícia”, destacou o gerente de farmácia, Murilo Rodrigues. 

Violência doméstica durante a quarentena

Os casos de violência doméstica, aumentaram durante a quarentena, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o índice de feminicídio cresceu 22% em março e abril.

No Espírito Santo, de acordo com a Secretária de Segurança, somente neste ano, foram mais de 6 mil boletins de ocorrências relacionados a agressões de mulheres, e mais de 3 mil medidas protetivas de urgência. 

Para a juíza, Hermínia Azoury, coordenadora Estadual de Enfrentamento à Violência Doméstica, a campanha pode salvar muitas vidas.  Além disso é mais fácil a mulher procurar uma farmácia, do que uma delegacia. “Comparando os dados do ano passado, foi observado uma subnotificação nos casos, pensando nisso unimos força para levar a vítima a denunciar de outra forma”, disse a juíza.

*Com informações da repórter Andressa Missio da TV Vitória / Record TV