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Celulares das vítimas de acidente em SP não param de tocar, diz delegado

Celulares das vítimas de acidente em SP não param de tocar, diz delegado Celulares das vítimas de acidente em SP não param de tocar, diz delegado Celulares das vítimas de acidente em SP não param de tocar, diz delegado Celulares das vítimas de acidente em SP não param de tocar, diz delegado

São Paulo – O delegado Fabio Pierre, da Delegacia de Bertioga, responsável pela investigação das causas do acidente na rodovia Mogi-Bertioga, que deixou 18 estudantes mortos e outros 31 feridos, disse que, como os corpos ainda não foram identificados pelos familiares, os celulares das vítimas não param de tocar na delegacia.

“Dezenas e dezenas de pertences das vítimas foram levados à delegacia. São bolsas, mochilas, agasalhos e celulares. Inclusive, alguns desses celulares estão tocando sem parar e a gente não sabe se são de pessoas que estão vivas ou que, infelizmente, faleceram. É uma tragédia sem precedente”, disse o delegado. Até as 8h desta quinta-feira, 9, apenas um corpo havia sido reconhecido pela família – o da estudante de Psicologia Ana Carolina da Cruz Veloso, de 21 anos.

O acidente aconteceu por volta das 22h50 desta quarta-feira, 8, no km 84 da rodovia. Segundo os bombeiros, o motorista perdeu o controle do veículo, colidiu de frente com um rochedo na pista contrária e caiu em uma ribanceira.

O ônibus levava estudantes das Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e Brás Cubas (UBC) para São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, onde moravam. O transporte era fornecido gratuitamente pela prefeitura da cidade.

Ainda segundo o delegado, o ônibus ficou totalmente destruído o que pode prejudicar a perícia. “Os danos causados no ônibus dão a impressão de que houve um atentado terrorista, parece que uma bomba foi colocada dentro dele e ele implodiu. Não dá para entender como, felizmente, algumas pessoas saíram vivas daquele coletivo”, disse o delegado.

De acordo com Pierre, não chovia no local do acidente. “Apesar de ser uma curva com declive acentuado, seguramente o coletivo não vinha devagar. A gente ainda não sabe precisar a velocidade, mas ele não estava devagar”, disse o delegado.