Os capixabas devem ficar em alerta por, pelo menos, mais sete dias. Um aviso meteorológico divulgado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, considera alto o risco de novas enchentes no Estado neste período, inclusive ainda nesta quarta-feira (16).
De acordo com o Cemaden, há elevadas possibilidades de alagamentos por causa das chuvas nas áreas do Centro e do Sul do Espírito Santo.
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Segundo o órgão, as enchentes podem ocorrer “devido aos acumulados preexistentes, que aumentaram a umidade do solo, e à previsão meteorológica de continuidade da chuva, com pancadas ao longo do dia que podem ocorrer com forte intensidade”.
O órgão acrescenta que a chuva não é passageira e deve se estender pelos próximos sete dias, “causando um acumulado médio nas bacias acima do normal histórico para o período”.
Norte do Estado
Em relação ao Litoral Norte do Espírito Santo, o alerta diz que é moderada a possibilidade de ocorrência de eventos hidrológicos, devido aos acumulados preexistentes, somados à previsão meteorológica de continuidade da chuva, com pancadas isoladas que podem ocorrer com forte intensidade.
Porém, o alerta do Cemaden não descarta a possibilidade de ocorrência de enxurradas e alagamentos em áreas urbanas dessa região.
O alerta também destaca fortes chuvas e risco geo-hidrológico norte e no noroeste do Rio de Janeiro e no norte e na zona da mata de Minas Gerais.
Relevo
O tenente-coronel Carlos Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros, explicou que, devido às características do seu relevo, o Espírito Santo está sujeito aos eventos geo-hidrológicos, principalmente no Sul do estado, onde desastres dessas naturezas são mais recorrentes.
Ele disse que os eventos geológicos são aqueles relacionados, por exemplo, a movimentos de massa, como deslizamentos e rolamento de blocos. Os eventos hidrológicos são as enxurradas, as inundações e os alagamentos.
De acordo com o militar, o risco é dado pela combinação da ocorrência da ameaça e vulnerabilidade do meio.
“Na prática, as áreas ou setores de risco são definidas em função de algumas características, como grau de inclinação do terreno, existência de habitações e recorrência de alagamentos em determinadas regiões”.
O tenente-coronel lembrou que, por meio de uma parceria entre a Defesa Civil do Espírito Santo e o Serviço Geológico do Brasil, foi realizada a setorização de risco de todos os municípios capixabas e a população pode ter acesso aos Mapas de Risco no site alerta.es.gov.br.
Segundo o tenente-coronel, mesmo com o alerta do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a chuva pode reduzir nos próximos dias. “Porém, é preciso manter a atenção por conta de encharcamento do solo e possível mudança de cenário”.
*Com informações do Portal R7
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