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Cobertos de lama, manifestantes realizam protesto na portaria da Vale na GV

O grupo publicou em um evento criado em uma rede social que o principal objetivo do protesto é pressionar para que a Samarco/Vale assuma a responsabilidade de arcar com todos os custos

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Cobertos de lama, os manifestantes protestaram na manhã  desta sexta-feira (13) Foto: Reprodução Facebook/ Frente Capixaba de Lutas

O grupo Frente Capixaba de Lutas, que é formado por movimentos sociais e sindicais, realizou um protesto na manhã desta sexta-feira (13), na portaria da Vale, em Carapina, no município da Serra

Os universitários levaram cartazes e cobertos de lama culpavam a mineradora pelo rompimento das barragens que aconteceu no último dia 5, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais. Nas redes sociais, o grupo afirma que o principal objetivo do protesto é pressionar para que a Samarco/Vale assuma a responsabilidade de arcar com todos os custos envolvidos na destruição socioambiental recente.

Além disso, a Frente Capixaba de Luta tem como objetivo realizar a negociação coletiva com as famílias atingidas, a realização de consulta popular prévia na construção de empreendimentos que possam gerar impacto ambiental, a paralisação das construções de barragens, e fazer com que mineradoras e outras empresas que exploram bens sejam públicas e de administração popular. 

“O principal objetivo é que a Vale/Samarco indenize as pessoas prejudicadas com o rompimento das barragens e a questão da água tratada. Também exigimos enquanto cidadãos que a empresa faça um investimento para tratar o Rio Doce. A restauração pode levar até cem anos se tiver os devidos cuidados”, disse o diretor do Sindibancários, Carlos Pereira de Araújo, que está faz parte da coordenação da Frente Capixaba de Luta. 

Carlos disse ainda que o rompimento das barragens se deve à falta de responsabilidade e de fiscalização. “Não foi meramente uma tragédia. Acreditamos que foi uma irresponsabilidade por parte da empresa e do estado que são responsáveis pela fiscalização”. 

De acordo com Carlos, a manifestação desta sexta-feira (13) também serviu para conversar com trabalhadores da empresa e chamar atenção para um novo ato que deve acontecer na próxima segunda-feira (16). “A concentração do próximo ato será na Ufes às 17 horas. Faremos uma marcha”. 

A Central de Videomonitoramento na Serra foi procurada para informar sobre as condições do trânsito, mas disseram que as câmeras não alcançam o local da manifestação. O trânsito nas principais vias do município seguem sem interdições. O protesto já foi encerrado

Veja como estão os movimentos nas vias em tempo real!

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Vale informou que respeita a livre manifestação de pensamento da sociedade civil organizada. 
Além disso, a empresa encaminhou um resumo do comunicado feito pelos CEOs da Vale e da BHP, sobre o apoio à Samarco.  A Vale, como acionista da Samarco informou que tem atuado juntamente com a BHP Billiton nas ações para garantir a integridade das pessoas afetadas pelo acidente ocorrido nas barragens de rejeitos de Fundão e Santarém, em Mariana, MInas Gerais no último dia 5. Com isso, a Vale e a BHP Billiton se comprometeram a apoiar a Samarco a criar um fundo de emergência para trabalhos de reconstrução e para ajudar as famílias e comunidades afetadas. A Vale disse que a intenção é trabalhar com as autoridades para fazer o fundo funcionar o mais breve possível. A Vale e a BHP Billiton estão discutindo com a Samarco e as autoridades das áreas afetadas o apoio adicional que pode ser providenciado.