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Código Civil respeita dívida argentina, diz Kirchner

Código Civil respeita dívida argentina, diz Kirchner Código Civil respeita dívida argentina, diz Kirchner Código Civil respeita dívida argentina, diz Kirchner Código Civil respeita dívida argentina, diz Kirchner

Buenos Aires – A presidente da Argentina Cristina Kirchner tentou, em anúncio feito nesta terça-feira, assegurar aos argentinos temerosos e aos investidores que o novo Código Civil, assinado hoje, vai respeitar os depósitos bancários e as dívidas denominadas em moeda estrangeira do país.

Quando os legisladores da coalização da presidente iniciaram a difícil tarefa de reformar o Código Civil, foram questionados por investidores que afirmavam que certas cláusulas no projeto de lei poderiam dar aos devedores, inclusive ao governo federal, a opção de pagar as suas dívidas em moeda estrangeira com pesos argentinos.

“Em questões monetárias, este Código Civil dá segurança e certeza para todos: para os depositantes, para os bancos, para os usuários, para os consumidores”, disse a presidente num anúncio veiculado na televisão, logo após assinar a nova legislação.

A Câmara baixa do Parlamento argentino aprovou o código na semana passada, mais de um ano após o projeto de lei ter passado pelo Senado. O novo Código Civil, que cobre áreas da legislação como direitos de propriedade, acordos comerciais e casamento, não entrará em vigor até janeiro de 2016.

A Argentina está sofrendo com a escassez de dólares, que agrava o que muitos analistas consideram a pior recessão do país em mais de uma década. A economia pode encolher cerca de 2% neste ano à medida que o governo corta importações para poupar moeda forte, a inflação chega a 40% e o Brasil reduz a compra de bens da Argentina, dizem economistas.

Incapaz de pedir dinheiro emprestado fora do país por causa de uma disputa judicial com credores numa Corte nos EUA, a administração de Cristina está mais dependente do que nunca das reservas de moedas fortes do banco central para pagar suas dívidas e a conta de importação. A queda nas reservas para os US$ $27,8 bilhões atuais, de um recorde de US$ 52,6 bilhões no início de 2011, faz com que muitos investidores se perguntem se o governo poderá ficar sem dólares. No entanto, a presidente argentina e seus ministros já garantiram, repetidamente, que o país vai pagar suas dívidas. Fonte: Dow Jones Newswires.