Cidade Matarazzo: Megacomplexo arquitetônico reúne luxo, história e brasilidade

Foto: Fernanda Louzada

Sustentabilidade, moda, cultura, gastronomia e muito luxo. Tudo isso com o trabalho de alguns dos maiores nomes da arquitetura, arte e design, reunidos por Alexandre Allard na Cidade Matarazzo.

Localizado no coração da capital paulista, no bairro da Bela Vista, este é um megacomplexo arquitetônico que possuirá diversas edificações e conceitos revolucionários. O projeto surgiu a partir de um complexo centenário da tradicional família Matarazzo, com dez edifícios tombados em um terreno de 30.000 m² aos pés da Avenida Paulista.

A megaestrutura conta com o hotel Rosewood São Paulo, além de edifício comercial, centro cultural, points gastronômicos e muito mais.

 

Valorização da matéria-prima brasileira

Todos os materiais usados na obra são brasileiros, como a madeira, o concreto e as pedras. Essa é a premissa de Alexandre Allard, de 51 anos, que é sócio majoritário na parceria com a holding de Hong Kong Chow Tai Fook Enterprises Ltda para a Cidade Matarazzo.

Em entrevista à Forbes, o empresário francês espera que, com o novo projeto de luxo em São Paulo, ele possa mudar nossos pontos de vista sobre a metrópole, além de contaminar a mentalidade de habitantes Brasil afora. Assim, inspirando o futuro de um urbanismo mais apaixonado, humanizado e responsável por todo o mundo.

Hotel Rosewood na área da piscina e torre Jean Nouvel. Foto: Fernanda Louzada

 

Experiência no Hotel Rosewood

A arquiteta Fernanda Louzada, Novark arquitetura e design, esteve no Hotel Rosewood São Paulo, que está inserido na Cidade Matarazzo, e compartilhou com a coluna as suas percepções:

“O que impressiona é a capacidade de resgate e restauro/retrofit das construções antigas (como a maternidade Condessa Filomena Matarazzo, a capela e o hospital Umberto I) em total harmonia com as edificações modernas, o paisagismo impecável, o projeto luminotécnico e os mínimos detalhes que para todo amante de um bom design.”

A experiência visual inicia desde a área de acesso de carros, com arcos enormes em concreto e painel de fundo com lindas pinturas de artista não identificado.

“Ao chegar no porte cochere fui surpreendida com espelhos enormes no tom bronze e com bizotes que criam um jogo de reflexos quebrado por uma tela de LED do piso ao teto com imagens dos índios na Mata Atlântica, evidenciando território brasileiro”, acrescenta Fernanda.

O lobby do hotel possui uma livraria que mais parece uma exposição de artes. As obras possuem capas lindas dos mais variados temas, esculturas, telas e objetos valorizados por sua perfeita exposição.

“Ao subir as escadas do lobby deparamos com paredes todas revestidas com fotografias emolduradas, textos e imagens onde somos direcionados aos restaurantes”, relata.

Livros em exposição na biblioteca. Fotos: Fernanda Louzada

Dos seis restaurantes do hotel, cinco já estão em funcionamento: Le Jardin, Blaise, Taraz e Rabo di Galo recebem visitantes, enquanto o Bela Vista Rooftop recepciona apenas hóspedes.

Decoração, mobiliário, materiais altamente luxuosos, espelhos gigantes e jogo de luzes geram o acolhimento de um bar escurinho e intimista no Rabo di Galo, que é um ambiente inspirado nos clubes de jazz dos anos 1930.

“O toilette é um show à parte. Todo revestido de pedras naturais (a maioria de pedreiras brasileiras, do Ceará), contempla uma ante sala com lavatórios unissex e cabines individuais, cada um revestido com quartzitos exóticos diferentes digno de parar e apreciar”, avalia a arquiteta.

CONHEÇA ALGUMAS CONSTRUÇÕES DENTRO DO MEGACOMPLEXO

Hotel Rosewood São Paulo

Primeiro hotel da bandeira na América do Sul e o único com seis estrelas do Brasil, o Hotel Rosewood São Paulo contará com 151 quartos para hóspedes e 114 suítes para proprietários na torre Mata Atlântica. O projeto é do francês Jean Nouvel, recipiente do prêmio pritzker em 2008 e em sua primeira obra na américa latina.

A torre Mata Atlântica foi idealizada para funcionar como uma extensão vertical dos jardins da cidade Matarazzo.

A obra de arquitetura sustentável é circundada por um jardim de 45.000 m² e pode ser considerado um “edifício-paisagem”. Será interligada à antiga maternidade Condessa Filomena Matarazzo e, dessa forma, os dois edifícios formarão o hotel Rosewood e um prédio habitacional de altíssimo padrão, com interior assinado pelo americano Philippe Starck.

Edifício Ayahuasca

O Ayahuasca é o primeiro edifício de escritórios com serviços de alto luxo em São Paulo. O projeto é assinado pelo arquiteto Rudy Ricciotti.

Ayahuasca, capela e pátio oliveiras. Fotos: Fernanda Louzada
Casa Bradesco da criatividade

A Casa Bradesco da criatividade é um espaço que contará com 4 propostas distintas dedicadas à cultura pura e essencialmente brasileira.

Casa Bradesco da criatividade. Foto: Fernanda Louzada
Outras áreas

O complexo ainda conta com uma megastore com mais de 70 marcas exclusivas no Brasil; 34 pontos de gastronomia; 10 mil árvores plantadas; consumo sustentável de energia e muito mais.

6 Respostas para “Cidade Matarazzo: Megacomplexo arquitetônico reúne luxo, história e brasilidade

  1. E o homem acreditando no país do presente e do futuro e uma homenagem aos homens q fizeram de São Paulo uma maiores megalópole do mundo

  2. Parabéns pelo magnifico é oportuno projeto CIDADE MATARAZZO. O Brasil é um país de ótimas oportunidades, é devemos felicitar sempre empreendedores com vocês. Meu avô Valentim Boucas em 1917 foi aos USA pegou a representação da IBM para o Brasil, construindo assim seu patrimônio é ainda tendo servido ao Brasil durante o governo Vargas em várias missões econômicas, diplomáticas entre Brasil e USA.
    Portanto ,é muito oportuno no Brasil de 2022 projetos da Magnitude do CIDADE MATARAZZO.
    O Brasil tem pressa ! Temos que nos apresentar no Mercado internacional de forma competitiva..
    Parabéns por seu belíssimo projeto !

  3. Fantástico! O moderno e o antigo mesclando, trazendo à tona o mais belo, o futuro, o admirável, o conforto, o lúdico, onde todos poderão grassar a nossa mais paulista das cidades, a nossa paulistana cidade.

  4. Talvez investimrntos deste tipo e os galpoes de logistica em SBC, compensem com folga em São Paulo a saída da Ford (geração de emprego e renda ).

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