Arquitetura carbono neutra: Vale a pena investir?

O telhado verde contribui para o escoamento da água da chuva e para reduzir a temperatura da cidade. Imagem: Projeto ARUP.

A discussão de estratégias para neutralizar as emissões de carbono permeia diferentes setores da sociedade. E na arquitetura, diferentes medidas podem ser adotadas desde a concepção do projeto até a execução da obra para controlar o volume dos gases do efeito estufa na atmosfera.

A indústria da construção consome uma quantia considerável da energia produzida mundialmente, portanto é necessário pensar em seu impacto ambiental. Então entra a consideração: Vale a pena investir em uma arquitetura carbono neutra?

Projeto do Taikoo Green Ribbon busca compensar emissões de carbono. Projeto: ARUP.

É importante esclarecer que o termo “carbono neutro” não significa necessariamente que não há emissão. Ele se refere também a quando as emissões são compensadas de alguma forma para que não haja aumento no volume dos gases que já estão na atmosfera. A aplicação de métodos para absorção do que já está na atmosfera resulta em um efeito nulo sobre o aquecimento global.

Os materiais e as tecnologias adotadas nas construções conseguem amenizar as emissões de carbono e outros gases do efeito estufa. Essas são as principais estratégias que têm sido adotadas; entretanto, é necessário considerar outras frentes de atuação.

Toda a cadeira produtiva precisa ser avaliada sob esta perspectiva, com otimização energética; reaproveitamento de recursos; priorização de materiais, fornecedores e mão-de-obra locais; adaptação de técnicas construtivas; e mais.

Projeto do Taikoo Green Ribbon adotou variadas soluções sustentáveis. Projeto: ARUP.

Grandes projetos corporativos localizados em cidades mais ricas no mundo já têm investido em arquitetura carbono neutra. Por exemplo, a torre Taikoo Green Ribbon, projetada para neutralizar em menos de dez anos de operação todo o carbono emitido durante a fase de projeto e construção. O projeto do ARUP está alinhado com o objetivo de Hong Kong, na China, que visa neutralizar suas emissões até 2050.

Porém, apesar dos estudos e dos grandes esforços feitos nesse sentido, os modelos atuais de construção têm se deparado com desafios para amenizar os impactos ambientais.

Ainda é necessário ampliar os debates sobre a neutralidade de carbono no setor de construções, buscando soluções que se apliquem a diferentes contextos sociais e econômicos.

Veja mais fotos do projeto do Taikoo Green Ribbon

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