Casa Minas: Um lar que flutua em meio a uma floresta tropical

Foto: Joana França

Em um terreno íngreme nas montanhas mineiras, a Casa Minas parece estar flutuando em meio a um cenário um tanto dramático. O projeto do Studio MK27 criou um volume combinando duas lajes de concreto suspensas a 10 metros acima do solo por palafitas camuflados em meio a troncos de árvores que remetem a uma floresta tropical.

De cada lado da residência, duas perspectivas diferentes. Da rua, a visão é de uma simples caixa de madeira. Pelo vale, é possível apreciar a complexidade volumétrica da construção, composta por três caixas e duas plataformas.

Para acessar a casa, há uma ponte que liga os públicos e privados sem utilizar nenhum elemento obstrutivo.

Foto: Joana França

Ao entrar pela fachada de madeira, um vidro quadrado emoldura a vista para a montanha e cria uma expectativa do que está por vir. Uma escada leva a uma descida para a plataforma abaixo. Lá, a luz jorra generosamente da fachada envidraçada e completamente retrátil, capturando vistas arrebatadoras.

No limite da sala de estar, painéis de madeira pivotantes abrem-se para o terraço poente, com uma plataforma que serve de miradouro e uma piscina ensolarada com duas camas de bronzeamento.

Segundo o Studio MK27, “neste espaço residencial, todas as funções estão cobertas para possibilitar o dia-a-dia, mas a contemplação e a reflexão sobre a passagem do tempo estão no centro da sua essência”.

Esta plataforma também abriga uma caixa de madeira opaca que envolve a cozinha, lavabo e quarto principal em seu canto. Dois lados do quarto são cobertos por painéis de ripas de madeira que podem dobrar e deslizar, revelando uma nova perspectiva do horizonte voltado para o leste.

Foto: Joana França

Descendo mais um nível, chega-se a uma terceira caixa de madeira, suspensa e em balanço da plataforma. Imerso nas copas das árvores, esta é a área mais íntima que acomoda mais quartos, uma sala de TV e uma adega.

As proporções equilibradas da casa “Minas” são exaltadas por sua sóbria paleta de materiais. Por um lado, a textura crua das lajes de concreto cobre os tetos, enquanto as pedras de basalto compõem as superfícies do piso. Por sua vez, as três caixas programáticas de madeira exalam calor e uma rica qualidade tátil.

“Em toda a sua extensão, é uma casa muito calma: a sua presença na rua, a sua flutuação na encosta, a composição sucinta dos materiais, as diferentes relações com a vista e até a sua decoração. Algumas requintadas peças brasileiras de meados do século são usadas de forma muito esparsa, com presença e vazios entre cada peça, deixando o rastro de cada designer ser plenamente sentido e apreciado. É uma casa para ser temperada com toda a atenção”, conclui o Studio.

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