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Com pandemia, público na Basílica de Aparecida se aproxima do anotado há 46 anos

Antes do fim da missa, toda a igreja fez um minuto de silêncio pelas mais de 150 mil vítimas fatais da covid-19

Com pandemia, público na Basílica de Aparecida se aproxima do anotado há 46 anos Com pandemia, público na Basílica de Aparecida se aproxima do anotado há 46 anos Com pandemia, público na Basílica de Aparecida se aproxima do anotado há 46 anos Com pandemia, público na Basílica de Aparecida se aproxima do anotado há 46 anos
Foto: Divulgação

Com lugares marcados por uma rosa vermelha e duas pessoas por banco, pouco mais de mil fiéis participaram da missa solene na Basílica de Aparecida neste 12 de outubro. Impactada pela pandemia do novo coronavírus, o esvaziamento equivale ao público recebido 46 anos atrás para a data que celebra a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

Na abertura da celebração, dez jovens com vestes brancas, usando protetor de face e com um terço estendido entre as mãos, simbolizaram os profissionais da área da saúde. A tradicional procissão trazendo a imagem de Nossa Senhora, que todos os anos oferece muito brilho e coreografias, neste ano teve apenas um simples andor carregado por quatro homens.

Antes do fim da missa, toda a igreja fez um minuto de silêncio pelas mais de 150 mil vítimas fatais da covid-19, triste marca alcançada neste sábado, 10.

A aparição de políticos no local também foi tímida, apesar do ano eleitoral. Apenas o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição, esteve entre as autoridades de destaque. Ele deixou a igreja logo após a celebração e saiu sem falar com a imprensa.

Com uma programação virtual, incentivando os romeiros a não vir para Aparecida, a igreja comemorou o resultado do baixo número de pessoas nas celebrações, inclusive a festiva desta segunda-feira. “Estamos mais alegres com menos pessoas, esperando que isso termine, mas é muito bom que aqui volte a multidão do povo de Deus”, afirmou dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida.